Teixeira Pinto diz que OPA acelera a afirmação internacional - TVI

Teixeira Pinto diz que OPA acelera a afirmação internacional

Paulo Teixeira Pinto

O BCP terá um desenvolvimento internacional mais rápido se a operação de compra do BPI for bem sucedida, defendeu hoje Paulo Teixeira Pinto, que vê Angola como o quarto pilar do crescimento da instituição.

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«Quanto maior for a nossa base de sustentação em Portugal, mais depressa podemos crescer a nível internacional», sustentou o presidente do Banco Comercial Português (BCP), em entrevista.

Por isso, Teixeira Pinto defende que «esta operação, se for bem sucedida, não representa uma inflexão na estratégia de desenvolvimento no exterior, pelo contrário».

«Em 2005 comprámos os 50% que ainda não detínhamos no Novabank Grécia e isso foi feito com resultados gerados em Portugal e não pela operação grega», referiu como exemplo o presidente do BCP.

Ter uma operação «de liderança robusta em Portugal», e até «esgotar os limites das oportunidades de crescimento neste mercado», faz sentido, para «acelerar o processo de afirmação internacional do BCP, advoga».

O BCP tem repetidamente afirmado que Portugal, a Polónia (Bank Millennium) e a Grécia (Novabank) são os seus três pilares de crescimento, mas vê agora Angola como um mercado que pode atingir igual importância.

Angola «pode ser o quarto pilar», disse Paulo Teixeira Pinto, admitindo que o Banco Fomento Angola, - que este ano contribuiu com 70 milhões de euros de euros para o lucro do BPI - foi «mais um elemento positivo no racional estratégico» que levou à decisão da OPA.

O «motor do desenvolvimento internacional» do BCP, caso tenha sucesso a OPA e a fusão com o BPI, passa a ser o maior banco português, recorde-se.

Em caso de fusão, a entidade resultante terá uma quota de 31% do mercado português, somará mais de quatro milhões de clientes, mesmo admitindo que pode perder 5,0% de quota.

Terá 18,5 milhões de trabalhadores, que seriam posteriormente reduzidos em cerca de 3000, e 1500 sucursais, que o BCP admite reduzir para perto de 1100.

O activo total da instituição soma 107 milhões de euros, os recursos de clientes 78,5 milhões de euros e o crédito total a clientes 73,9 milhões de euros e a capitalização bolsista seria a maior da bolsa portuguesa, atingindo os 13 mil milhões de euros.
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