BCP avança com pedido de registo da OPA antes do fim do mês - TVI

BCP avança com pedido de registo da OPA antes do fim do mês

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O BCP vai apresentar o pedido de registo da oferta pública de aquisição (OPA) do BPI antes do final deste mês, disse hoje Paulo Teixeira Pinto, insistindo que a operação gera valor adicional para os accionistas das duas instituições.

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Convicto de que «a solução proposta OPA com objectivo de fusão é susceptível de criar maior valor para os accionistas das duas instituições», o presidente do BCP diz que o banco retiraria a oferta «se alguém provasse que isso não é verdade»,disse em declarações à Agência «Lusa».

Vai avançar, por isso, com o pedido de registo da oferta «sem esgotar o prazo» de 20 dias seguidos a contar do anúncio preliminar, adiantou.

Teixeira Pinto frisa que não falou «com nenhum dos accionistas do BPI», mas insiste em que «o ânimo do BCP não é hostil».

Este comentário e «o respeito pela decisão que o BPI venha a tomar» é a única reacção do presidente do maior banco privado português à posição do banco visado.

O conselho de administração do BPI considerou, a 15 de Março, que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do BCP é hostil, já que o BCP não informou nem o conselho de administração nem o núcleo duro de accionistas, «que representa 49% do capital do banco».

Teixeira Pinto também não comenta os rumores, insistentes no mercado, de uma possível OPA concorrente ou até uma oferta de compra sobre o BCP.

«Estamos focados na OPA do BPI, que não é um cenário», diz.

O BCP fez o anúncio preliminar da oferta sobre a totalidade do capital social do BPI na segunda-feira passada, oferecendo 5,7 euros em dinheiro por cada acção, ou seja 4,33 mil milhões de euros.

Disse hoje que não tenciona aumentar o valor que oferece, mas admite acrescentar a opção de pagar em títulos do próprio banco, quando fizer o anúncio definitivo da oferta.

O prazo para pedir o registo da OPA à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) termina a 1 de Abril, mas será feito antes dessa data, tendo depois o regulador do mercado oito dias para conceder ou recusar a OPA.

Os prazos que a autoridade da concorrência e o banco de Portugal têm para se pronunciarem fazem com que só no quarto trimestre de 2006 o Banco Comercial Português possa começar a preparar a integração, caso a OPA tenha sucesso.
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