UGT quer discutir reforma da Administração Pública - TVI

UGT quer discutir reforma da Administração Pública

JOÃO PROENÇA

O secretário-geral da UGT solicitou hoje ao primeiro-ministro um debate urgente sobre a reforma da Administração Pública em sede de concertação social, afirmando-se apreensivo com o futuro dos trabalhadores que serão colocados no quadro de excedentes.

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As declarações de João Proença foram proferidas após ter sido recebido em audiência por José Sócrates, em São Bento, encontro que se destinou a debater a agenda da próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo, quinta-feira e sexta-feira, em Bruxelas.

Tanto a nível europeu, como a nível nacional, João Proença manifestou-se preocupado com a situação do desemprego, «apesar de Portugal ter registado no mês de Fevereiro uma descida».

«Esperamos que o Governo apresente em breve um conjunto de medidas integradas na área do emprego e da qualificação profissional», declarou João Proença, antes de revelar que pediu ao primeiro-ministro um debate da reforma da Administração Pública em sede de concertação social.

No que respeita à reforma da Administração Pública, João Proença criticou depois a incidência de discurso do Governo numa lógica de quadro de excedentes, «em vez de salientar o princípio da mobilidade».

«Defendemos a estabilidade da Administração Pública e, por isso, preocupa-nos a situação dos trabalhadores que forem colocados no quadro de excedentes.

Fala-se a mais dos organismos a extinguir e a menos nos organismos que necessitam de mais trabalhadores», apontou ainda o secretário-geral da UGT.

Segundo João Proença, «só poderá haver mobilidade na Administração Pública, caso se diga em que sectores há trabalhadores a menos e onde se pretende colocar os trabalhadores que eventualmente estejam a mais em alguns serviços».

Sobre a agenda da próxima cimeira, João Proença considerou central a concretização da Estratégia de Lisboa, «não apenas ao nível do discurso político, mas também na acção».

João Proença saudou a posição do Governo sobre a directiva dos serviços da União Europeia, defendendo que Bruxelas deverá respeitar os moldes da proposta tal como foi reformulada pelo Parlamento Europeu.

O secretário-geral da UGT manifestou-se ainda apreensivo com o aumento das taxas de juro na zona euro e advertiu que a política energética da União Europeia «terá também de ter preocupações sociais».
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