Economia cresce mais mas vida dos portugueses não melhora

A subida do preço dos combustíveis, o aumento da prestação da casa (com a subida das taxas de juro) e a política orçamental restritiva são apontados pela GB como alguns dos constrangimentos que afectam o rendimento disponível das famílias.

Uma situação oposta ao que se vive na economia. De acordo com a Golden Broker, «os índices bolsistas têm vindo a subir, os lucros das empresas têm ido ao encontro das expectativas dos analistas e a assistir a uma onda de fusões e aquisições».

«Qualquer um dos casos não é sustentável no tempo, porque os lucros das empresas dependem em grande parte da procura dos seus produtos como um todo», explica a GB.

Este cenário económico tem vindo a dividir os analistas. Por um lado, os que pensam que os lucros das empresas e o baixo endividamento das famílias poderão levar à expansão do crédito e à valorização das famílias. E por outro, os que acreditam que a liquidez das famílias está cada vez mais limitada pela subida de taxas de juro, pela contracção do imobiliário e pelo preço dos combustíveis.



«Na interacção entre as duas economias é difícil perceber quem arraste quem, mas o fim do paradoxo está para breve. Para 2007 pensamos que o ano pode muito bem continuar a ser difícil para o consumidor e benigno para o investidor, mas a discrepância entre as duas economias não pode perpetuar-se sem um ajuste drástico», conclui.