Galp investiu quase 500 milhões em 2007 - TVI

Galp investiu quase 500 milhões em 2007

  • Sónia Peres Pinto
  • 5 mar 2008, 18:51
Ferreira de Oliveira

Negócio de exploração e produção foi o que mais pesou

A Galp Energia investiu 466 milhões de euros, em 2007, o que representa um aumento de 33% face ao ano anterior.

O investimento no segmento de negócio de exploração e produção foi o que mais aumentou, com um montante investido de 193 milhões de euros, ou seja, 41% do montante total aplicado pela petrolífera, avança em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

«O investimento neste segmento foi essencialmente canalizado para os Blocos 14 e 32, em Angola. No Bloco 14 o investimento destinou-se sobretudo a trabalhos de desenvolvimento no campo Tombua-Lândana, com a perfuração de três poços de pré-desenvolvimento e, no campo BBLT, com a perfuração de nove poços de desenvolvimento», revela em comunicado.

As actividades de exploração no Bloco 14 estiveram relacionadas com a perfuração de dois poços que tiveram como resultado duas descobertas comerciais, Malange-1 e Lucapa-1. No Bloco 32 o investimento foi essencialmente dirigido para a perfuração de sete poços de exploração e dois de avaliação.

Aposta no Brasil passa por perfuração

No Brasil, nos blocos onde a Galp Energia é operadora, os investimentos concentraram-se sobretudo na perfuração de 12 poços de exploração, cinco dos quais resultaram em notificação de descoberta, o que se traduziu numa taxa de êxito de 42%.

«Nos blocos não operados, o investimento foi orientado essencialmente para a Bacia de Santos, onde se realizaram dois poços de exploração, o Caramba e o Júpiter, nos blocos BM-S-21 e BM-S-24, respectivamente, e um poço de avaliação, o Tupi Sul no Bloco BM-S-11», salienta o documento.

Refinação e distribuição

Já no segmento de negócio refinação e distribuição a Galp investiu um total de 168 milhões de euros. Na área de refinação os investimentos destinaram-se, essencialmente, a investimentos gerais nas refinarias, nomeadamente no âmbito da racionalização energética, do licenciamento ambiental e da adequação a novas especificações; à beneficiação geral do Terminal Petroleiro de Leixões: à paragem geral da refinaria do Porto e à aquisição duma barcaça para transporte local de produtos.

Nesta área de negócio foi ainda investido na construção de armazenagem estratégica e no projecto de conversão das duas refinarias.

Em relação à actividade de distribuição os investimentos concentraram-se em especial na construção e na remodelação de estações de serviço, na aquisição de novas garrafas Pluma de GPL e na expansão do negócio de GPL canalizado.

Do total do investimento deste segmento em 2007, 61% reportou-se a investimentos de conformidade e manutenção.

Área de gás e Power

No segmento de negócio Gas e Power o investimento total foi de 103 milhões de euros. Na área de distribuição de gás natural o investimento permitiu a conclusão de cerca de 793 quilómetros de rede secundária e a ligação de aproximadamente 68 mil clientes, incluindo clientes novos e clientes convertidos.

«Na área do Power, a construção da central de cogeração na refinaria de Sines foi o investimento mais significativo. Neste segmento todo o investimento foi canalizado para actividades reguladas», conclui.

As acções da petrolífera fecharam a desvalorizar 0,65% para 15,30 euros.
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