O presidente do Banco Espírito santo (BES), Ricardo Salgado, admitiu esta sexta-feira que a garantia do Estado para que os bancos se possam financiar nos mercados internacionais é uma vantagem para todas as instituições financeiras.
«É evidente que é uma vantagem para todos os bancos se puderem refinanciar em melhores condições no mercado internacional», disse Ricardo Salgado, falando à margem do Conselho para a Globalização, que decorre hoje na Penha Longa, em Sintra, avança a «Lusa».
Ricardo Salgado confirmou que o seu banco já comunicou a intenção de usar a garantia do Estado.
«E já estamos a pôr em prática», disse Ricardo Salgado, acrescentando que o pedido já foi entregue no Banco de Portugal e lembrando que o BES foi o primeiro banco a comunicar esta intenção há largas semanas atrás.
Ricardo Salgado não adiantou, contudo, qual o montante sobre o qual pediu garantia do Estado, afirmando apenas que o banco «está a ponderar e a tratar do assunto».
Questionado sobre um cenário de fusões e aquisições na banca portuguesa, o presidente do BES é peremptório: «não me parece possível porque o mercado português já está muito concentrado. Acredito que não traga vantagem nenhuma, pois quanto maior a concentração, maior o risco sistémico».
Recorde-se que Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Millennium BCP e o Banco Espírito Santo (BES) vão recorrer à garantia do Estado para se financiarem nos mercados internacionais.
As garantias estatais facilitam o financiamento dos bancos portugueses nos mercados internacionais, com o Estado a assumir o cumprimento das obrigações assumidas pelas instituições.
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BES diz ter vantagem no recurso à garantia do Estado
- Redação
- SPP
- 21 nov 2008, 13:15
![Ricardo Salgado](https://img.iol.pt/image/id/11911231/1024.jpg)
Presidente da instituição não adianta qual o montante pedido
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