Entrevista Remax: Vamos tentar crescer 35% em 2008 - TVI

Entrevista Remax: Vamos tentar crescer 35% em 2008

  • Sónia Peres Pinto
  • 28 fev 2008, 00:01
Remax

Resultados em 2007 superaram expectativas

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Para o director-geral da Remax, Manuel Alvarez, as subidas de 40 por cento registadas nas vendas, graças aos saldos, em Janeiro e Fevereiro, ajudaram a «salvar» os resultados de 2007. Para este ano, as perspectivas de crescimento mantêm-se, assentes no aumento da rede, nas vendas e na angariação de mais casas.

A crise que afectou o mercado prejudicou os resultados de 2007?

O ano correu muito bem, melhor do que esperávamos. Prevíamos um crescimento de 25% mas acabámos por aumentar cerca de 36%. Mediámos mais de 21 mil transacções, movimentando 1,3 mil milhões de euros. Isso dá-nos ideia de que podemos continuar a crescer em 2008 e a voltar a ultrapassar a meta dos 25%.

Para quanto em 2008?

Vamos tentar alcançar os 35%.

A que é que se deveu este crescimento?

Começámos o ano com fortes subidas, em Janeiro e em Fevereiro, com subidas de 40%, efeito dos saldos. A partir daí, continuámos a apostar em dinamizações e em muita formação.

Como foi possível esse aumento? Com angariação de mais casas, mais vendas, crescimento da rede?

Só se pode crescer com mais vendedores, com formação e ferramentas práticas. Desenvolvemos este ano um software próprio, por exemplo, um cliente quando entra numa loja e regista o seu pedido, vamos saber se as nossas angariações se adequam ou não a essa solicitação. Se o cliente pedir um T2 de 110 mil euros e as agências só têm T3 entre os 140 e os 160 mil euros, então significa que estamos acima das necessidades dos compradores. Em outro caso, o comprador diz que quer comprar «X» imóvel, procuramos nas casas angariadas na agência e chegamos à conclusão que não há, então introduzimos o pedido e, automaticamente, toda a rede fica a saber que se procura esse tipo de imóvel. Pode ser que algum comercial conheça uma casa com essas características e faça essa angariação. Nessa altura toda a rede recebe uma mensagem a informar que «X» imóvel já está disponível para venda. Estamos a investir muito em sistemas automáticos de detecção de necessidades.

Mais de 70% do mercado ficará nas mãos de mediadores

Qual é a meta em termos de vendedores e de agências?

Prevemos ter 800 novos vendedores e 250 novas agências em 2008. O nosso objectivo não é crescer ao nível das agências mas sim ao nível dos comerciais.

O mercado tem capacidade para receber mais agências?

Quem é profissional aguenta-se, o próprio mercado faz a filtragem. Se 50% das transacções continua nas mãos dos particulares, o que corresponde a mil imóveis por ano, então ainda dá para viver muitas empresas de mediação.

O que é certo é que as transacções feitas por particulares têm vindo a descer¿

As transacções têm vindo a descer devido à dificuldade em escoar o produto e não pôr as imobiliárias prestarem um serviço melhor.

Mas porque é que o mercado particular continua tão forte? Deve-se por exemplo às comissões cobradas?

Mudar a mente das pessoas custa muito, além disso, temos de ter empresas mais profissionais. Acredito que daqui a sete ou oito anos, 70% do mercado estará nas mãos das mediadoras e 30% nos particulares. Cada ano vamos conquistando terreno ao mercado particular.
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