Lino nega adjudicação à Mota-Engil - TVI

Lino nega adjudicação à Mota-Engil

Mário Lino

Em causa está um troço da auto-estrada do Centro

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O ministro dos Transportes e Obras Públicas, em entrevista à «Rádio Clube», negou que o Governo tenha adjudicado um troço da futura auto-estrada do Centro à construtora Mota-Engil, presidida pelo socialista Jorge Coelho.

«A verdade é que não houve nenhuma adjudicação, antes pelo contrário. A Comissão avaliou as propostas e concluiu que uma reunia as condições para ser adjudicada e isso foi transmitido por escrito aos concorrentes», afirmou o responsável.

Mário Lino desmente assim às acusações do líder do Bloco de Esquerda que, durante o debate de ontem à noite na RTP com José Sócrates, acusou o Governo de favorecer a empresa liderada por Jorge Coelho.

«Já não vai ser possível» eventual concessão à Mota-Engil

E o ministro continuou: «Evidentemente que é preciso uma tramitação neste processo como manda a lei. E os órgãos concorrentes têm direito de apresentar as suas considerações e discordar, mas a posição da Comissão está clara e foi transmitido que não há intenções de adjudicar».

Ainda em entrevista ao «Rádio Clube» e a propósito da denúncia de Francisco Louçã, Lino sublinhou que o troço em questão não foi «nem adjudicado, quanto mais aumentou o preço».

TAP: Governo apela a cancelamento da greve

O líder do BE referiu também, na passada terça-feira à noite, que «já não vai ser possível» uma eventual concessão do Governo à Mota-Engil do troço de auto-estrada entre Oliveira de Azeméis e Coimbra.

«Estou certo que hoje à noite, aperceberam-se disso, mas muito mais gente se apercebeu também como nós, já ganhámos 500 milhões de euros, porque depois de hoje à noite já não vai ser possível manter o negócio com Jorge Coelho para uma auto-estrada», disse Louçã no final de um comício do seu partido na Incrível Almadense, enquanto aludia ao frente-a-frente com o secretário-geral do PS, cita a Lusa.

«Eles fizeram tudo por aquele negócio, tinham um preço, negociaram a adjudicação e as condições contratuais que estavam a preparar e na comissão de negociação, com o ministério e as Estradas de Portugal lá se passa de 535 milhões de euros para 1174 milhões de euros como se fosse uma coisa que passasse com uma mão sobre este escrito», acrescentou o coordenador da comissão política do Bloco, numa ocasião onde foi fortemente aplaudido pelos cerca de duzentos militantes presentes na sala histórica de Almada.
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