Cerca de 22 empresas cotadas contam com membros do conselho fiscal sem experiência executiva, revela o relatório sobre o Governo das Sociedades Cotadas divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Uma realidade que, segundo o organismo liderado por Carlos Tavares, vai ter de ser alterada «para poderem ser cumpridas as novas recomendações da CMVM».
Segundo o mesmo documento, 79,6% dos membros do conselho fiscal têm formação nas áreas financeiras, contabilidade ou auditoria.
Exigência de rotatividade na auditoria externa
De acordo com o relatório do órgão regulador, a auditoria externa é em média assegurada pela mesma empresa há 8,2 anos, mas no sector financeiro é mais elevado, atingindo os 14,2 anos.
O BPI, o Banif, o BCP e a Compta apresentam o memo auditor há 20 anos. Já a antiguidade média do «partner» da empresa de auditoria responsável pelo contacto com a empresa cotada é de 5,4 anos, mas no caso do BCP e da Teixeira Duarte é de 20 anos.
Mais uma situação que terá de ser modificada, uma vez que, desde 21 de Novembro, é imposta a rotação, pelo menos de 7 em 7 anos, do sócio responsável pela orientação ou execução da revisão legal de contas.
Os sistemas de controlo interno para a detecção sofreram algumas melhorias, passando de 72,3% em 2005 para os actuais 91,5%.
Há empresas com membro do conselho fiscal sem experiência executiva
- Sónia Peres Pinto
- 2 dez 2008, 20:28
Relatório da CMVM revela tendência que tem de ser alterada de acordo com novas recomendações
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