Brisa e Millennium criam fundo de 100 mihões em infra-estruturas - TVI

Brisa e Millennium criam fundo de 100 mihões em infra-estruturas

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A Brisa, o Millennium e a Rothschild vão investir 100 milhões de euros no fundo para investimento em infra- estruturas de transporte (TIIC), apresentado esta quarta-feira, do qual são os promotores.

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A dimensão pretendida para este fundo é de 500 milhões de euros, sendo o montante não subscrito pelos três promotores para colocar junto de investidores institucionais europeus, explicou o gestor do TIIC, Manuel Cary, ex-administrador do Millennium Investment Banking, avança a «Lusa».

Estradas, portos, caminhos de ferro, aeroportos, centros de logística e parques de estacionamento são exemplos de infra-estruturas em que o fundo irá investir, na União Europeia, América do Norte e América Latina, aqui com uma limitação de exposição de 20 por cento.

O investimento será feito através de participações em consórcios ou tomando participações em empresas ou projectos já existentes, «estando já identificado e a ser analisados um conjunto de projectos na Europa e Estados Unidos», adiantou Manuel Cary.

O fundo pode vir a investir em projectos onde a Brisa já esteja envolvida, «desde que seja comprando participações de outros investidores ou entrando em projectos que sejam alargados», uma vez que o acordo para a formação do fundo estipula que TICC e a empresa portuguesa não serão concorrentes entre si.

Manuel Cary salientou como característica diferenciados deste fundo face a concorrentes o facto de reunir como promotores entidades com competências não só a nível financeiro, mas também operacional, «altamente complementares entre si».

A Brisa é, aliás, o principal promotor, investindo 40 milhões de euros e o presidente da concessionária de infra-estruturas, Vasco de Mello, sublinhou «a importância de criar mecanismos para aumentar as possibilidades de ganhar concessões num mercado global».

Para o Millennium Investment, o TIIC é «complementar à actividade que já exerce», considera o administrador do banco Francisco Lacerda, nas áreas do financiamento estruturado, mercado de capitais e sobretudo o «project finance».

A Compagnie Benjamin Rothchind, do grupo com o mesmo nome sedeado em Genebra, além do «corporate» e «project finance» tem actividade de destaque nas parcerias público privado (PPP), às quais os Estados, num quadro orçamental bastante restrito, têm cada vez mais necessidade de recorrer, como explicou Manuel Cary, para financiarem projectos de infra-estruturas.

A duração do fundo é de 10 anos e o período de investimento de cinco anos.
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