«Se o programa nuclear prosseguir ao actual ritmo, terão a bomba atómica dentro de três, ou quatro anos», declarou.
O chefe da Mossad falava perante a Comissão dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do Parlamento (Knesset) israelita, noticia a agência «Lusa».
Em Novembro de 2003, o general Dagan advertiu a mesma comissão de que o programa nuclear iraniano representava, na sua opinião, «a maior ameaça a Israel desde a independência, em 1948».
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, reafirmou em diversas ocasiões que o seu país «não tolerará» a bomba atómica iraniana.
Em recentes visitas à Alemanha e Itália, Olmert insistiu na aplicação de sanções ao regime iraniano, visando a suspensão do enriquecimento de urânio, etapa prévia ao fabrico da bomba atómica.
Israel e os Estados Unidos acusam o Irão de, ao abrigo de um programa nuclear alegadamente com fins civis (produção de electricidade), estar a produzir a bomba atómica.
O receio das autoridades israelitas aumentou com as repetidas declarações do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, no sentido de «varrer o Estado Judaico do mapa».
Por outro lado, sobre a alusão a negociações feita por Damasco a Israel, o chefe da Mossad, numa entrevista à rádio militar, frisou não haver «qualquer mudança estratégica na política síria».
«A Síria retirou lições da incursão militar israelita contra o Hezbollah, no Líbano, e dotou as suas forças terrestres de mísseis anti-tanque», explicou.
Os xiitas radicais do Hezbollah (Partido de Deus), apoiado por Damasco e Teerão, usaram estes sofisticados mísseis, que causaram elevadas perdas ao exército invasor.
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Irão: Bomba atómica operacional em três ou quatro anos
- Redação
- 18 dez 2006, 18:19
![Presidente do Irão Mahmoud](https://img.iol.pt/image/id/2282923/1024.jpg)
O Irão poderá dispor da primeira bomba atómica dentro de três, ou quatro anos, caso o programa nuclear prossiga ao actual ritmo, garantiu hoje o general Meir Dagan, chefe dos serviços secretos externos israelitas, Mossad.
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