A Associação Lisbonense de Proprietários defendeu esta segunda-feira que o Estado deve conceder apoios financeiros aos donos dos prédios devolutos para a realização de obras e posterior arrendamento das habitação.
«O fundo da questão dos problemas dos edifícios devolutos é o estado do arrendamento em Portugal. Está em curso um plano estratégico para a habitação e reabilitação, que propõe mais arrendamento, mas ainda está em termos muito gerais», considerou Monteiro de Barros, responsável da Associação, a propósito do prédio devoluto que ardeu domingo à noite na Avenida da Liberdade, avançou a «Lusa».
«São necessárias medidas legislativas e fiscais para inverter a situação. Os arrendamentos foram congelados há quase 100 anos e a partir daí tem-se assistido a uma permanente desvalorização dos valores das tendas.
Transformou-se a propriedade numa assistência social privada ao locatário», acrescentou.
Monteiro de Barros concorda com o Plano Estratégico da Habitação, recentemente apresentado pelo Governo e que visa promover o arrendamento, mas alerta que é necessário o Estado dar apoio aos proprietários para realizarem obras nos edifícios devolutos e nos que estão em mau estado de conservação.
«Os proprietários também são idosos como os edifícios e os bancos não conferem empréstimos», concluiu.
O edifício que domingo ardeu completamente na zona dos Restauradores estava devoluto e pertencia a uma sociedade imobiliária espanhola.
Proprietários querem apoios para realizar obras
- Redação
- Lusa/SPP
- 7 jul 2008, 19:22
«Transformou-se a propriedade numa assistência social»
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