Recuperação demasiado tímida para travar desemprego - TVI

Recuperação demasiado tímida para travar desemprego

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Taxa só deve atenuar em meados de 2011, diz OCDE

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A recuperação económica, que está a arrancar na generalidade dos países da OCDE, não é suficientemente forte para travar a subida do desemprego.

Quem o diz é a própria Organização Económica para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), que apresenta previsões pessimistas: aponta para a primeira metade de 2010 a data em que o número de pessoas desempregadas vai atingir o seu máximo nos EUA e só em 2011 é que a taxa de desemprego deverá baixar na Zona Euro.

É esperado que o desemprego nestes 16 paises continue a subir e atinja, no final de 2010, mais 21 milhões de pessoas do que nos últimos meses de 2007, ultrapassando em larga medida a barreira dos 10%.



O relatório justifica esta «timidez» da recuperação com o facto da actividade económica estar a ser travada pelo esforço das famílias e empresas em reparar as suas finanças e pagar as suas dívidas. Assim, a OCDE prevê que a inflação continue a cair durante o próximo ano.

Zona Euro com fantasma do emprego

A liderar a recuperação económica no mundo está a China, que além de ter conseguido reduzir a sua exposição à crise financeira, está agora a ser impulsionada pelo pacote «massivo» de estímulos ao crescimento.

Já a actividade na Zona Euro vai beneficiar do pacote de estímulos à recuperação. No entanto, as regras laborais e os sistemas de repartição, que têm ajudado a manter os postos de trabalho durante a crise, poderão também enfraquecer o ritmo de criação de emprego nos próximos meses.

Por isso, a OCDE prevê que a confiança das famílias se mantenha fraca, o que pode minar a solidez da recuperação nos 16 países mais ricos da UE. A economia na Zona Euro deverá crescer no próximo ano apenas 0,9% e 1,7% em 2011.

Economias recuperam à custa dos governos

Também os Estados Unidos vão recuperar com a ajuda de medidas governamentais de estímulo, ao mesmo tempo que aproveitam a crescente procura por parte das grandes economias emergentes, pelos seus fornecedores e também pela estabilização do mercado imobiliário. A OCDE estima que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresça 2,5% em 2010 e 2,8% em 2011.

Outro destaque é o Japão que vai beneficiar do forte crescimento que se sentirá por toda a Ásia. No entanto, a fraca procura interna vai limitar a actividade nipónica e a a deflação vai subir. É esperado um crescimento de 1,8% e de 2% no próximo ano e em 2011, respectivamente.

«A boa notícia é que a recuperação, embora fraca, está a caminho», disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.
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