PSD critica Governo de esgotar crédito em projectos como o TGV - TVI

PSD critica Governo de esgotar crédito em projectos como o TGV

  • Sónia Peres Pinto
  • 22 jan 2009, 16:00
Assembleia da República

Alta velocidade não tem efeitos imediatos nas vendas das empresas nem no emprego nacional

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O Partido Social Democrata (PSD) acusou o Governo de esgotar o crédito disponível no mercado, «em projectos escolhidos de forma pouco criteriosa», como é o caso do TGV.

Estas «falhas», segundo o deputado Jorge Costa, são ainda mais graves, tendo em conta que o crédito é agora mais caro. De acordo com o mesmo, a «redução do rating nacional implicará maiores encargos com os juros suportados pelo Estado, com reflexo no aumento da despesa nacional e crédito mais caro para todos», salientou durante o debate Parlamentar, que se realiza esta quinta-feira, na Assembleia da República.

Aliás, no entender do deputado, projectos como o TGV tem de ser visto com outros olhos, já que a situação económica se agravou, o deficit externo atingiu níveis máximos, a par do agravamento da dívida pública, não dando, no seu entender, espaço para apostar num projecto de alta velocidade.

Segundo o mesmo, trata-se de um projecto «que gera responsabilidades excessivas para mais de 15 anos e sem resultados imediatos ou de curto prazo na nossa economia, nas vendas das nossas empresas ou no emprego nacional».

«TGV não pode ser visto da mesma maneira»

Para Jorge Costa, «os tempos mudaram. A situação piorou. Não há dinheiro para tudo e há que reequacionar os projectos que se lançam, em função dos resultados que possam produzir e do custo que impliquem», acrescentando ainda que «o projecto da alta velocidade no actual contexto não pode continuar a ser visto da mesma maneira».

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«Enquanto os portugueses lutam para conseguir pagar as contas, o Governo prefere apostar no investimento público. A política continua a ser de atirar dinheiro-que não tem-para cima dos problemas, o que só por acaso não agravará ainda mais a situação», acusou.

O responsável relembrou ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou as empresas nacionais para se preparem para uma «muito forte contracção do crédito» concedido e que as dívidas nacionais ao estrangeiro já representam 90% do que Portugal produz num ano.
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