Sócrates recusa intervenção na ida de Pina Moura para a Media Capital - TVI

Sócrates recusa intervenção na ida de Pina Moura para a Media Capital

  • Rui Pedro Vieira
  • 27 abr 2007, 12:02
Sócrates (foto de arquivo)

(Notícia actualizada com declarações de Sócrates e Marques Mendes)

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O Primeiro-Ministro José Sócrates afirmou, esta sexta-feira, que «o Governo não teve nada a ver» com a nomeação de Pina Moura para o cargo de director não executivo do grupo Media Capital.

Na Assembleia da República, Sócrates respondeu assim às acusações do líder da oposição, Marques Mendes, que acusou o Primeiro-Ministro de, «em matéria de controlo de poder, ser exemplar».

Ainda sobre a nomeação de Pina Moura, o Primeiro-Ministro acrescentou que «o deputado fez aquilo que devia: renunciou ao seu lugar parlamentar e demitiu-se de cargos políticos». Pelo que as «insinuações do PSD de permanente crítica às decisões de empresas privadas não abonam nada no nosso respeito pelo mercado».

Ainda sobre este tema, Sócrates disse que «em matéria de controlo dos media públicos, não recebemos lições do PSD, porque o PSD não tem lições de moral a dar nesta matéria».

Marques Mendes acusa Executivo de controlar vários sectores

Em resposta, o líder da oposição reafirmou que a nomeação de Pina Moura «é uma vergonha, um escândalo, uma promiscuidade» e lembrou que quando a Prisa entrou na estrutura accionista da Media Capital o próprio ficou «com muitas dúvidas» por o negócio «não ter sido claro».

Segundo Marques Mendes, o Primeiro-Ministro «tem um projecto de poder pessoal de controlo nos vários sectores da sociedade, não só na comunicação social, como na justiça e investigação criminal».

O líder do PSD manteve a sua posição, recordando que «toda a concessão de crédito da Caixa Geral de Depósitos está na mão de três administradores socialistas, dois dos quais verdadeiros comissários políticos».

«Não há poder pessoal, há um poder exercício em nome do povo», respondeu José Sócrates, considerando «as insinuações» de Marques Mendes como «um sinal de desespero».
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