DECO alerta para falta de transparência das empresas portuguesas - TVI

DECO alerta para falta de transparência das empresas portuguesas

  • Sónia Peres Pinto
  • 6 mai 2008, 14:12
PT: Trabalhadores contra desmembramento

EDP, Galp e PT estão nos piores lugares do «ranking»

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A Associação de Defesa dos Consumidores (DECO) acusa as empresas nacionais de serem pouco transparentes. A falta de conselhos de administração independentes e a ausência de divulgação das remunerações individuais dos administradores são algumas das principais falhas detectadas pelo boletim da DECO Proteste.

Em termos gerais, as empresas portuguesas atingiram 5,4 pontos, num máximo de 10. A liderar a tabela ficaram o Reino Unido (6,8) e nos Estados Unidos (6,2), enquanto Portugal ficou-se pelos 4,5.

Das empresas nacionais só a Novabase entrou no top100 das 420 analisadas. A Brisa, a Jerónimo Martins, Inapa e a Sonaecom também entram no «ranking» das 5 melhores.

Já a EDP, Galp e a Portugal Telecom «ficaram mal classificadas, prejudicadas pelo poder do Estado na sua estrutura», revela o documento.

Acabar com «golden shares»



Para recuperar estes resultados, a Proteste propõe algumas medidas com o objectivo de proteger os pequenos investidores.

Eliminar as «golden shares» e qualquer limitação ao direito de voto é uma das sugestões avançadas pela DECO. Ao mesmo tempo, propõe a criação de um conselho de administração com maioria de membros independentes e a aprovação em Assembleia-geral da remuneração do conselho de administração e posterior divulgação.

Mas os conselhos não ficam por aqui. A Proteste sugere ainda que o presidente da comissão executiva e o do conselho de administração sejam pessoas diferentes e que o cargo seja limitado por idade ou tempo de permanência.

Eliminar despesas confidenciais

Eliminar despesas confidenciais (com vista à transparência das contas), a proibição dos auditores prestarem outro tipo de serviços às empresas e a divulgação dos prospectos de ofertas públicas e aumentos de capital cinco dias antes do início da operação ou de períodos de pré-registos são outras medidas apontadas pelo DECO para tornar as empresas nacionais mais transparentes.

O estudo envolveu a análise de 420 empresas portuguesas e estrangeiras.
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