Granadeiro: regulação deve preocupar-se mais com consumidores - TVI

Granadeiro: regulação deve preocupar-se mais com consumidores

Multa: PT condenada a pagar 38 milhões de euros

O presidente do conselho de administração da PT afirmou que a regulação em Portugal pode ser agora orientada para o consumidor, em vez de se preocupar com os concorrentes, depois de concretizada a separação da PT Multimédia.

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Recorde-se que a operação de separação («spin-off») da PT Multimédia do grupo Portugal Telecom (PT) concretiza-se esta quarta-feira, transformando a empresa presidida por Rodrigo Costa num dos principais operadores de telecomunicações em Portugal e no principal rival da sua antiga «casa-mãe», avança a «Lusa».

A PT cumpre assim a promessa que fez aos seus accionistas para que chumbassem a oferta pública de aquisição (OPA) Sonaecom, entregando-lhes a maioria das acções que detinha na PTM sob a forma de dividendos.

«Agora, esperemos que todos os outros façam o que lhes cabe no retalho e na defesa do consumidor», disse Henrique Granadeiro.

«Constituímos um caso único na União Europeia e estamos em condições de ter uma regulação mais orientada para as práticas da concorrência e não para a defesa dos concorrentes», sublinhou o presidente da PT.

Com a distribuição de acções hoje concretizada, a CGD e o BES passam a liderar a estrutura accionista da nova PTM, com participações de 15 e 12,2 por cento, respectivamente, mas a PT manterá um papel relevante no capital da empresa, pois devido à retenção na fonte do imposto a pagar sobre os dividendos, a PT irá conservar temporariamente 7 por cento das acções.

A empresa que detém a TV Cabo inicia hoje uma nova etapa da sua história, com a ambição de passar de líder de mercado na televisão paga à liderança do mercado das telecomunicações como operador «triple-play» (telefone, televisão e Internet).

A PTM tem actualmente uma quota de 25% na Internet e de menos de 1% na voz, enquanto lidera na televisão por subscrição, com uma quota superior a 80%.

A entrada no mercado das telecomunicações móveis e a realização de aquisições para crescer são alguns dos desafios que se colocam à nova equipa de gestão que deverá, até final do ano, apresentar um plano estratégico aos seus accionistas.

«A PTM é um óptimo negócio», afirma o presidente da comissão executiva da empresa, dizendo que o principal objectivo definido, agora, é crescer organicamente, aproveitando a capacidade que a rede instalada lhe dá.



As acções da PT seguem a cair 0,74% para os 9,43 euros, enquanto a PTM desvaloriza 1,09% para os 9,10 euros.
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