EDP: Qimonda testa capacidade do país para fazer a diferença - TVI

EDP: Qimonda testa capacidade do país para fazer a diferença

António Mexia

Eléctrica ficou com 6,5% do consórcio

Para o presidente executivo da EDP, que há cerca de um mês fechou um consórcio para a compra de 51% da Qimonda Solar, a empresa representa um teste à capacidade de Portugal para fazer a diferença nessa matéria.

«Ficámos com uma participação de 6,5 por cento. A intenção é clara: queríamos que houvesse uma mobilização de várias competências em Portugal num projecto que acho que pode ser um teste daquilo que é a capacidade do país, como em outras áreas, em poder criar a diferença», comentou António Mexia à Agência Financeira, à margem do «Media Day».

Desta forma, o responsável diz assumir neste negócio a responsabilidade de «off-taker», ou seja, de comprador contratual da produção da Qimonda Solar, «nomeadamente na oferta de soluções de solar térmico, mas também no fotovoltaico.

Eólico onshore só terá impactos a partir de 2013

«Queremos ajudar a criar condições para que também seja possível que Portugal faça alguma coisa no solar fotovoltaico», acrescentou à AF.

O presidente da EDP recordou ainda outras recentes vertentes em que está a apostar como a energia eólica «onshore». A eléctrica aguarda resultados, até ao final do ano, de um concurso na Escócia. «Estamos a falar de investimentos num campeonato diferente. É bastante exigente e terá impactos exclusivamente a partir de 2013», adiantou à Agência Financeira.

Quanto a outros potenciais novos mercados, como o Canadá, António Mexia afasta esses planos no curto prazo. «Neste momento, não temos prevista nenhuma decisão no mercado canadiano», disse o mesmo, sublinhando que «a companhia tem hoje capacidade para investir o triplo do que tinha há três anos atrás».

«Temos visibilidade desses investimentos até 2014. Portanto, não é falta de oportunidade. O que queremos é já criar opções em áreas novas como a mobilidade eléctrica e o vento offshore», rematou.
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