Próxima farmácia hospitalar inaugura até Julho - TVI

Próxima farmácia hospitalar inaugura até Julho

Ana Jorge e José Sócrates

Sócrates questiona como foi possível ter-se negado acesso ao medicamento

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A próxima farmácia hospitalar a abrir portas é a do hospital Central de Faro e que será concretizada até final do segundo trimestre deste ano, garantiu a ministra da Saúde.

«Estamos cada vez mais próximos da meta traçada que era de abrir seis farmácias em hospitais. Tal não foi possível até agora porque teve como condicionalismos providências cautelares», afirmou Ana Jorge, que se encontrava na inauguração da terceira farmácia hospitalar, desta vez no Hospital Santa Maria, em Lisboa.

A ministra salientou ainda os preços elevados dos medicamentos praticados em Portugal face ao contexto europeu». «É por isso que o Governo quer contrariar esta situação e facilitar o acesso aos medicamentos. A descida dos preços tem permitido aproximarmos-nos de Espanha, Itália e Grécia, mas as medidas não se esgotam na descida dos preços», comentou, realçando a importância destas farmácias hospitalares e a venda de medicamentos pela Internet.

Farmácias fazem queixa da Ordem dos Médicos

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Na cerimónia esteve também presente o primeiro-ministro que questionou como foi possível, «durante tantos anos», não se ter dado este passo.

«Como foi possível termos negado o direito aos doentes terem acesso ao medicamento? Não fazia sentido nenhum (não termos farmácias nos hospitais) este projecto tem dois anos e depois de dois anos e duas providências cautelares e duas acções de princípios?», disse José Sócrates.

Recorde-se que a abertura de farmácias de venda ao público nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde foi uma questão que levantou muitas polémicas e que até originou uma verificação de constitucionalidade ao Provedor de Justiça pela Ordem dos Farmacêuticos.

Depois do Hospital de Faro, seguir-se-ão às farmácias nos hospitais de São João do Porto e do Padre Américo em Penafiel.

Empresa vencedora tem renda anual de 600 mil euros

A proposta vencedora, pela empresa Megalabirinto, obteve a concessão da farmácia em Santa Maria com determinadas contrapartidas: a renda anual será de 600 mil euros e 22% da facturação da mesma. A facturação média anual prevista é de 19 milhões de euros.

A concessão estende-se por cinco anos e o investimento inicial necessário para o arranque do projecto foi de 1,1 milhões de euros. Ana Jorge adiantou ainda que se prevê que esta venha a servir cerca de 1.500 pessoas.
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