Colombo vale 28 milhões aos cofres da Câmara

«É provavelmente o empreendimento de Portugal que mais contribui para os cofres da Câmara. Nestes 10 anos, mais de 27,6 milhões de euros é quanto o Colombo já contribuiu para a autarquia em taxas, impostos e licenças», revelou o presidente executivo da Sonae Sierra, Álvaro Portela, em entrevista à «Agência Financeira».

Neste valor está incluído o pagamento de 500 mil euros respectivos à taxa de conservação de esgotos. «Discordamos desta taxa e, por isso, desde 2003 que estamos anualmente a por uma acção contra a Câmara por causa deste valor», adiantou.

No entanto, os processos da Sonae Sierra contra a CML não se ficam por aqui. Recorde-se que a empresa já reclamava mais de 90 milhões de euros. Uma das acções, de 2001, é referente a construções à volta do Colombo que a Câmara se tinha comprometido a pagar e nunca o fez (25 milhões de euros mais juros contratuais). «A CML não tinha condições para executar as obras de acesso e propôs que o Colombo adiantasse, para depois sermos reembolsados até final de 1997, com juros», explicou Álvaro Portela, que até hoje espera por esse pagamento.

O outro processo deve-se à construção das Torres do Colombo que a autarquia não autorizou, mas a Sonae recorreu ao Supremo Tribunal Administrativo que lhe foi favorável. Agora, 10 anos depois, o empreendimento para escritórios vai finalmente retomar a sua construção. «Exigimos uma indemnização de 72 milhões de euros mais juros, até ao efectivo pagamento».

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