Pioneer quer fechar fábrica do Seixal com 127 empregados

A culpa é da «redução drástica» do mercado europeu de auto-rádios. É assim que a Pioneer Technology Portugal justifica a intenção de encerrar a unidade de produção do Seixal e que emprega actualmente 127 pessoas.

A empresa diz que a sua situação está a ser agravada pela crise mundial e que houve alternativas ao encerramento da fábrica que, contudo, não obtiveram resultados.

«A empresa tem vindo a enfrentar uma degradação permanente da sua situação económica e financeira com um decréscimo constante da sua produção, agravada com a crise mundial que entretanto se fez sentir, em particular no sector automóvel», sustenta a Pioneer.

A Pioneer Technology Portugal emprega actualmente 136 trabalhadores efectivos, quatro a prazo e três expatriados, envolvendo ainda cerca de 30 de empresas de trabalho temporário a fim de fazer face a variações de curta duração.

Pioneer despede 10 mil e transforma-se

A empresa vai avançar agora por um período de consultas e conversações com os representantes dos trabalhadores. Além disso, a Pioneer diz que tudo irá avançar de acordo com os procedimentos legais em vigor.

Já em Fevereiro a empresa a nível mundial tinha anunciado um corte de 10 mil pessoas e um redireccionamento do grupo para os produtos electrónicos do sector automóvel. A subsidiária portuguesa, em Maio, garantiu à Agência Financeira que estava a estudar «formas de minimizar o impacto nas suas estruturas».

A Pioneer em Portugal atingiu um crescimento de 6 por cento nas vendas no ano fiscal de 2008-2009, que terminou a 31 de Março. O valor representa um total de vendas brutas de 21 milhões.