BCP: Ministro nega indícios durante a sua presidência da CMVM - TVI

BCP: Ministro nega indícios durante a sua presidência da CMVM

  • Rui Pedro Vieira
  • 29 jan 2008, 18:58
Ministro das Finanças

Autoridades não viram «irregularidades porque não podiam ver»

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O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, rejeitou terem havido indícios que pudessem levantar quaisquer esclarecimentos adicionais sobre a gestão do BCP, durante a sua presidência na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

«O actual presidente da CMVM, Carlos Tavares, teve oportunidades de explicar o que se passou. Não houve quaisquer indícios que pudessem levantar qualquer esclarecimento adicional», disse Teixeira dos Santos, que está a ser ouvido esta terça-feira no Parlamento.

«Quando tudo é escondido tão bem, sobre a capa da mentira, não se pode exigir às autoridades que tivessem detectado» acções «tão bem urdidas», acrescentou o ministro.

«As autoridades não viram (irregularidades no BCP) porque não podiam ver», disse ainda Teixeira dos Santos.

O actual ministro das Finanças, que esteve à frente da CMVM entre 2000 e 2005, sublinhou que, contudo, não tem presente na memória tudo o que analisou enquanto líder da comissão: «Durante a minha presidência lidei com centenas e centenas de informações das mais variadas entidades. Não tenho presentes todas essas informações na memória», esclareceu Teixeira dos Santos.

«Há outros desafios maiores» para a supervisão

Quanto à cooperação entre a CMVM e o Banco de Portugal (BdP), o ministro das Finanças disse que os dois organismos estiveram em contacto ao longo do processo «sempre que houve matéria de interesse».

A supervisão está, no entender de Teixeira dos Santos, a usar «devidamente» os seus poderes nesta matéria, mas é preciso ter em conta outras questões: «Temos outros desafios no domínio da supervisão que devem concentrar as nossas atenções», acrescentou o governante.

O ministro das Finanças deixou também claro que a supervisão «não é omnisciente» na vida das organizações, dado o número elevado de operações que definem o mercado.
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