Consolidação: Vodafone espera que algo aconteça no sector - TVI

Consolidação: Vodafone espera que algo aconteça no sector

  • Rui Pedro Vieira
  • 27 mar 2009, 01:33
António Carrapatoso

Presidente da Vodafone não descarta que futuro passe por apenas três ou dois grandes operadores de telecomunicações

O presidente da Vodafone Portugal acredita que o futuro das telecomunicações nacionais pode passar por um cenário de consolidação.

Apesar de reconhecer que há uma série de variáveis a pesar sobre o tema, António Carrapatoso considera haver «uma tensão de que poderá acontecer alguma coisa» nesse sentido.

Orador-convidado de um jantar-debate organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorreu esta quinta-feira em Lisboa, Carrapatoso disse ainda que todos os cenários estão em aberto e que não descarta que, no futuro, figurem três ou apenas dois grandes operadores no mercado nacional.

«Vou estar muito interessado nessa evolução», sustentou no mesmo encontro, lembrando que, actualmente, os quatro grandes operadores detêm 93 por cento do mercado (Portugal Telecom com 49%, Vodafone 20%, Sonaecom 13% e Zon 9,7%).

Quanto à entrada de novos players, o presidente da Vodafone Portugal sublinha que, à partida, não parece haver muito espaço, mas podem existir oportunidades ao nível da rede passiva e da exploração de novos modelos de negócio.

Para os próximos tempos, o responsável denota que as tendências apontam para uma evolução das redes fixas para redes de nova geração, das redes móveis para mais velocidades e até para um crescimento ao nível dos dados móveis e de uma melhoria do acesso à Internet em aparelhos como os smartphones.

Sector perde 5 a 10% com crise

Já sobre o mercado geral das telecomunicações, o porta-voz da Vodafone Portugal considera que o mercado deve apenas crescer na ordem dos 0,5 por cento até 2011.

No entanto, as telecomunicações têm sido relativamente poupadas com a actual conjuntura de crise: «O sector tem resistido bem à crise. Se calhar, estaria a facturar 5 ou 10% a mais se não houvesse crise. Mas não mais 50%», disse António Carrapatoso.
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