AirPlus TV quer 450 mil subscritores na sua oferta TDT em 2012

O grupo sueco Airplus TV quer chegar a 2012, ano em que desaparecerá o sinal analógico de televisão, com 450 mil subscritores de canais pagos da Televisão Digital Terrestre (TDT). É este o número que consta na sua proposta.

«A nossa oferta é para as famílias que esperam ate ao último minuto para fazer a transição para o serviço digital», disse o presidente executivo da Airplus, Michael Werner, em conferência de imprensa, que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

A empresa, que já havia anunciado uma proposta estimada em cerca de setenta milhões de euros, prevê recuperar o investimento em sete anos.

A assinatura do serviço básico (entre 10 a 12 canais) do pacote, que incluirá vários canais «premium», a disponibilizar pelo grupo sueco terá um preço para o consumidor a partir de 11,50 euros.

De acordo com a proposta, dos 70 milhões de euros de investimento, 22 milhões são dirigidos a financiar os custos de aquisição de «set top boxes».

O ABC da proposta

A estratégia do grupo passa por disponibilizar uma oferta de canais em parceria com os operadores de televisão portugueses a emitir exclusivamente pela TDT. Além disso, a AirPlus TV conta dar apoio financeiro à criação dos novos canais para a diversificação da oferta: «Mais de 50% dos canais serão oferecidos aos operadores nacionais para desenvolverem novas oportunidades de negócios em Pay-TV», explica a empresa.

«Não vamos deter nenhum canal. Vamos estimular os operadores nacionais a liderarem canais portugueses», acrescentou o CEO da AirPlus no encontro com jornalistas.

A empresa promete um apoio anual de 5,2 milhões de euros aos operadores para a criação de conteúdos.

Ao consumidor é dada, assim, a possibilidade de escolha em termos de preço, forma de recepção e conteúdos diferentes, com pacotes que incluem exclusivamente o serviço de televisão e não obrigando a comprar serviços compactos de TV, telecomunicações, Internet, entre outros. Esta é outra base de difenciação da AirPlus TV que reclama «neutralidade e independência no desenho da sua oferta», por não estar ligada a nenhum operador nacional de televisão.