Maior têxtil do país com paragens e redução de pessoal - TVI

Maior têxtil do país com paragens e redução de pessoal

Têxteis

Coindu está com paralisações «sistemáticas» desde Setembro

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A Coindu, considerada a maior têxtil do País, com fábricas em Famalicão e Arcos de Valdevez, está a efectuar «paragens sistemáticas» desde Setembro e tem reduzido «progressivamente» o número de trabalhadores, disseram esta segunda-feira à agência Lusa fontes sindicais.

«A empresa tem vindo a criar bancos de horas, ou seja, os trabalhadores ficam em casa alguns dias por semana, recebem na mesma os seus salários mas depois terão que compensar essas horas, quando as encomendas forem maiores», disse Isabel Lázaro, representante em Viana do Castelo do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes.

Isabel Lázaro acrescentou que se tem registado também um número crescente de rescisões de contratos de trabalho, através de acordos entre administração e funcionários.

Segundo o «Jornal de Negócios», a Coindu, que se dedica ao fabrico de assentos e outros acessórios para automóveis, emprega perto de duas mil pessoas e terá anunciado um despedimento colectivo.

O jornal cita o administrador da empresa, Jorge Torres, que, no entanto, não revelou o número de trabalhadores que serão afectados por aquele despedimento, nem a data desse mesmo despedimento, deixando apenas a garantia de que «é uma situação para resolver em breve».

Não se renovam contratos

Várias fontes sindicais contactadas pela agência Lusa garantiram que não têm conhecimento de qualquer intenção de despedimento colectivo, embora sublinhassem que «os problemas na Coindu já não são novidade».

«O despedimento colectivo tem regras, tem que ser iniciado com três meses de antecedência, não pode ser feito de um dia para o outro», ressalvou o coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, Branco Viana.

O representante do Sindicato Têxtil em Vila Nova de Famalicão, José Araújo, disse que a Coindu «não tem vindo a renovar qualquer contrato a prazo», o que já terá afectado perto de meio milhar de trabalhadores.

«O que neste momento nos dizem é que há dificuldades nas encomendas, mas de resto nem os sindicatos nem os trabalhadores sabem de mais nada», acrescentou.

A Coindu foi fundada em 1998, tem sede em Joane, Vila Nova de Famalicão, e em Janeiro de 2001 abriu uma nova fábrica em Arcos de Valdevez.

Neste último concelho, faz parte da Associação para o Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica do Minho.

A Coindu detém ainda uma terceira fábrica na Roménia.

A Lusa tentou contactar o administrador da empresa, Jorge Torres, mas ainda não foi possível.
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