Espanha: líder da oposição insiste em perseguição do governo - TVI

Espanha: líder da oposição insiste em perseguição do governo

Mariano Rajoy (Lusa)

Presidente do PP, Mariano Rajoy, sublinha que um vice-presidente do PSOE já teve de demitir-se por uma caso de espionagem

A secretária-geral do Partido Popular (PP) espanhol, María Dolores de Cospedal, já havia acusado o governo de ter ordenado escutas ilegais contra dirigentes do PP. O presidente da formação política, que também tem falado em perseguição política, voltou à carga e recordou casos anteriores que envolveram o PSOE.

Numa entrevista à agência Europa Press, Rajoy recuou até ao ano de 1995, em que estava no governo o PSOE de Felipe González, e até 1985, para falar de um outro processo em que a Alianza Popular e o Partido Comunista de Espanha acusaram alguns socialistas de usarem documentos e discursos seus que não tinham sido ainda tornados públicos.

«Não é a primeira vez que aconteceu isto com governos do PSOE. Em 1985, num processo levado a cabo pelo juiz Vázquez Honrubia houve denúncias muito fortes e muito contundentes por causa das actuações contra partidos por parte do governo socialista e uns anos depois nada menos que um vice-presidente do governo teve que demitir-se por causa de um caso de espionagem», disse Rajoy.

Esta terça-feira, as acusações da secretária-geral do PP foram apoiadas pela direcção do partido. «As filtrações de processos, as detenções televisionadas ou a espionagem a partidos políticos jamais aconteceram quando governava o Partido Popular», disse o líder do PP.

Mariano Rajoy insistiu ainda nas críticas, dizendo que o governo socialista tem como «eixo básico da sua política atacar a oposição», acusando-o de realizar «juízos paralelos» de dirigentes e que este é um método que prejudica a «saúde das instituições».
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