Ferreira Leite conseguiu ser a primeira notícia - TVI

Ferreira Leite conseguiu ser a primeira notícia

Opinião Nota Negativa

Declarações sobre democracia tornaram-na tema óbvio de manchete

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Poucos dias depois de ter dito que «não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite», Manuela Ferreira Leite volta a surpreender. Se antes apontou como exemplo o facto de uma sua declaração ter passado em 14º lugar no alinhamento de um Telejornal, esta terça-feira conquistou uma ascensão meteórica, passando rapidamente para o topo desta «classificação».

A líder do PSD continua a somar pontos no campeonato das frases falhadas dos políticos. Depois do silêncio, as suas posições revelam-se demasiado ensurdecedoras e altamente prejudiciais para o seu partido, para além de também não conseguir exercer com eficácia o papel que lhe é exigido: oposição ao Governo.

Com mais ou menos ironia, com maior ou menor acutilância verbal, a verdade é que Ferreira Leite sugeriu uma pausa na democracia para se realizar reformas. É claro que se tratou de um ataque ao Governo, mas de tão desajeitado acaba por colocar José Sócrates a rir-se da inabilidade da sua principal opositora.

No limite, a mensagem que a líder dos sociais-democratas deixa passar é que se estivesse no Governo dificilmente poderia avançar com reformas sérias, pois isso só seria possível se se colocasse a democracia na prateleira por alguns momentos. A frase é esta, ainda que colocada num contexto de almoço na Câmara de Comércio Luso-Americana: «E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia».

Para bom entendedor, meia palavra basta.
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