Bolsa volta às perdas penalizada por descidas da JM e PT

A Euronext em Lisboa já inverteu o sentimento positivo desta manhã. O PSI20 recua agora 1,83 por cento para os 6.701,66 pontos, penalizado pelas perdas da Jerónimo Martins, da Portugal Telecom e do BCP.

Na Europa, os índices também seguem maioritariamente negativos, à excepção da bolsa francesa que avança 0,55%, no dia em que o euro recua face ao dólar.

Isto acontece mesmo depois de terem sido anunciadas novas injecções para o sector financeiro. Recorde-se que o Governo francês anunciou ontem que vai avançar com 10,5 mil milhões de euros na compra de dívida subordinada dos seis maiores bancos franceses.

Telecomunicações em dia «não»

Em Lisboa, a empurrar para baixo estão os títulos da Jerónimo Martins que cedem 8,17% para os 4,28 euros e os da Portugal Telecom (PT) que descem 3,56% para os 5,27 euros. O banco norte-americano Merrill Lynch reviu hoje em baixa o preço-alvo da operadora nacional de 8,00 euros para os 7,00 euros por acção, mantendo a sua recomendação de «Neutral».

A penalizar está ainda a Zon Multimédia. A dona da TV Cabo recua 2,30% para os 4,41 euros, depois de o Merrill Lynch ter baixado a sua avaliação do papel de 6,00 euros para os 4,00 euros, com uma avaliação de «Underperform».

Na energia, a EDP desvaloriza 3,13% para os 2,60 euros, depois de ontem uma associação de direito privado ter anunciado que interpôs uma acção judicial contra a energética, alegando que a companhia violou o regime de protecção de dados pessoais ao contratar uma empresa para cobrar dívidas dos seus clientes, fornecendo-lhe dados confidenciais.

Ainda no sector, a REN desliza 2,69% para os 2,53 euros, mas a Galp contraria ao avançar 1,22% para os 7,44 euros.

EUA devem abrir em queda

No sector financeiro, quem perde é o BCP que derrapa 2,15% para os 1,00 euros. O BES segue estável nos 8,20 e o banco BPI foge ao aentimento ao valorizar 1,07%.

A impedir a bolsa de maiores descidas está a Mota-Engil e a Altri que sobem 1,88% e 3,19%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, os futuros apontam para uma abertura em queda.