Bolsa: Cimpor garante ganhos ao somar 19% em três sessões

A praça nacional segue a negociar em alta, em linha com as pares europeias. A contribuir para o bom desempenho estão os títulos da Cimpor e da banca.

O índice PSI20 soma 0,32 por cento para os 8.364,10 pontos, com 13 das 20 empresas cotadas a transaccionarem em terreno positivo.

Na Europa, os ganhos oscilam entre 0,2% de Madrid e 0,68% de Londres, numa sessão em que as atenções estão voltadas para a divulgação de alguns indicadores macroeconómicos como o PIB ou as vendas de casas nos Estados Unidos.

Já vale mais 13% do que preço oferecido na OPA

Por cá, a puxar para cima estão as acções da Cimpor que avançam 0,62% para os 6,49 euros, bem acima dos 5,75 euros oferecidos na OPA pela brasileira CSN, um claro indício de que o mercado aguarda uma oferta concorrente ou uma subida da contrapartida.

Na abertura, as acções da Cimpor escalaram 0,93% para os 6,51 euros, o valor mais elevado desde Setembro de 2007. Os títulos da cimenteira sobem já 19% em apenas três dias, sendo que a cotação actual está mais de 13% acima dos 5,75 euros oferecidos pela brasileira CSN.

A contrariar está a Teixeira Duarte, o maior accionista da Cimpor, que corrige dos fortes ganhos de ontem. A empresa recua 3,47% para 1,13 euros.

Na banca, destaque para os títulos do BCP que escalam 1,73% para os 0,81 euros. O banco já negociou mais de 7 milhões de acções esta manhã. Também o BES trepa 0,48% para os 4,52 euros, numa altura em que o BPI trava maiores subidas ao ceder 0,04% para os 2,13 euros.

Do lado dos ganhos, nota para a Sonae que soma 1,17% para 0,86 euros, depois de ontem ter valorizado 5%, perante a possibilidade da entrada da empresa no mercado angolano, com a abertura de hipermercados Continente.

Galp contraria subida do petróleo

Nas telecoms, a PT avança 0,13% para os 8,41 euros e a Zon Multimédia trepa 0,52% para os 4,44 euros. A operadora acumula já ganhos de superiores a 6%, depois da empresária angolana Isabel dos Santos ter anunciado a compra de 10% da empresa.

A impedir a bolsa de maiores subidas está a EDP que desce 0,22% para os 3,09 euros e a Galp que desvaloriza 0,04% para os 11,99 euros, apesar da subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Os investidores aguardam a reunião de hoje da OPEP, que deverá manter as actuais quotas de produção pela quarta vez consecutiva.