Sócrates diz que Portugal vende mais tecnologia do que importa - TVI

Sócrates diz que Portugal vende mais tecnologia do que importa

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Primeiro-ministro pronunciou-se no âmbito do novo projecto da empresa alemã Quimonda

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O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira que, em 2007, «pela 1ª vez na história», Portugal vendeu mais tecnologia do que importou, em parte devido à «aposta estratégica» feita há três anos nas energias renováveis, avança a «Lusa».

«Portugal tem hoje um cluster nas energias renováveis que não tinha há três anos», sustentou José Sócrates, salientando que o país «está agora a produzir o que antes era importado porque era demasiado sofisticado para ser feito em Portugal».

Falando em Vila do Conde durante a cerimónia de anúncio de um novo projecto da empresa alemã Quimonda na área das células fotovoltaicas, o primeiro-ministro apontou este caso como mais um exemplo de como «as multinacionais estão satisfeitas com a economia e com a capacidade dos portugueses».

«Este investimento é uma prova de confiança em Portugal, na nossa economia e na competência dos portugueses», afirmou José Sócrates, destacando a «intensidade tecnológica» do projecto, que «está na vanguarda do que de melhor se faz tecnologicamente no mundo».

Projecto conta com um investimento de 70 milhões

Orçado em 70 milhões de euros, o investimento da Quimonda prevê a criação em Portugal-que disputou o projecto com a fábrica da multinacional em Dresden (Alemanha)-de uma nova empresa em Vila do Conde detida a 51 por cento pela Quimonda e em 49% pela também alemã CentroSolar Group.

A nova unidade fabril, que terá capacidade para produzir em Vila do Conde até 30 milhões de células solares por ano (equivalentes a 100 mega watt peak) e empregará 150 pessoas, tem início da construção previsto para meados deste ano e início da produção na segunda metade de 2009.

Numa segunda fase, o projecto Sunshine-ainda dependente da autorização das autoridades-poderá ser reforçado com mais 30 milhões de euros de investimento, que permitirá aumentar a capacidade de produção para até 70 milhões de células solares por ano (equivalentes a 250 megawatt peak) e criar mais 50 postos de trabalho.

«No terreno disponível [contíguo às actuais instalações da Quimonda] podemos mesmo imaginar um futuro com quatro unidades fabris capazes de produzir até 1 giga watt peak por ano», antecipou o presidente da Quimonda Portugal, Armando Tavares.

Para o primeiro-ministro, para além do montante do investimento previsto, o projecto destaca-se pelo facto de «aproximar Portugal e os portugueses da vanguarda tecnológica» e de colocar a Quimonda, actualmente o maior exportador português, no sector das células fotovoltaicas.
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