Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck = Se a Débora quer que o Gregory peque (Rita Lee, as canções dela - há ciúmes e tudo) - TVI

Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck = Se a Débora quer que o Gregory peque (Rita Lee, as canções dela - há ciúmes e tudo)

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  • 9 mai 2023, 19:14
Rita Lee no Rock in Rio, em 1985. Foto: AP

"Amor é um livro. Sexo é esporte. Sexo é escolha. Amor é sorte. Amor é pensamento, teorema. Amor é novela. Sexo é cinema. Sexo é imaginação, fantasia. Amor é prosa. Sexo é poesia. O amor nos torna patéticos. Sexo é uma selva de epiléticos": há coisas assim nas canções dela. Rita Lee morreu esta terça-feira - deixa coisas assim, coisas como estas dez canções

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Ovelha Negra (1975)

Rita Lee formou com o guitarrista Luís Sérgio Carlini, o baixista Lee Marcucci e o baterista Emilson Colantonio a banda Tutti-Frutti, em 1974. O grupo lançou o álbum "Fruto Proibido" e a música de autoria da cantora "Ovelha Negra" tornou-se um clássico do rock brasileiro. Na letra, Rita fala sobre uma mulher que "levava uma vida sossegada" até o pai dizer que ela é a "ovelha negra da família". É interpretada por alguns críticos musicais como sendo um desabafo da compositora sobre a sua demissão do grupo Os Mutantes. 

Agora Só Falta Você (1975)

A canção foi escrita em parceria com a banda Tutti Frutti e lançada no álbum "Fruto Proibido" em 1975, que foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil o 16º melhor disco de música brasileira de todos os tempos. A letra é romântica mas a melodia é bem do rock.

Mania de Você (1979)

Em dezembro do ano passado, quando Rita Lee completou 75 anos, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) fez um levantamento sobre as curiosidades das músicas da artista. O estudo mostrou que “Mania de Você”, parceria com o marido Roberto de Carvalho, é a canção mais tocada dela nos últimos dez anos no Brasil. O tema tornou-se o mais conhecido do seu álbum de estúdio lançado em 1979. É também uma das mais românticas e sensuais músicas de Rita Lee.

Doce Vampiro (1979)

A música também faz parte do primeiro LP a solo da artista com o marido, lançado em 1979. Foi composta por Rita Lee em 1976, durante a sua primeira prisão domiciliária, na ditadura, quando estava grávida de Beto Lee, o seu primeiro filho.

Lança Perfume (1980)

"Rita Lee", o disco a solo da cantora e compositora lançado em 1980, acabou por ficar conhecido como "Lança Perfume", o título do tema que se tornou popular e que, inclusivamente, foi responsável pela fama internacional de Rita Lee. Fruto de mais uma parceria entre Rita e Roberto, a canção tem  um ritmo pop, bem dançante e com ecos de carnaval (afinal, faz referência a um perfume que se tornou uma das mais conhecidas brincadeiras no carnaval brasileiro). A letra provocante era uma das imagens de marca de Rita Lee: "Me vira de ponta-cabeça/ Me faz de gato e sapato/ E me deixa de quatro no ato/ Me enche de amor, de amor".

Baila Comigo (1980)

Também incluído no disco "Rita Lee", o tema “Baila Comigo” deu o nome e o tema de abertura a uma telenovela da Globo em 1981 - chegando dessa forma a Portugal.

Alô Alô Marciano (1980)

Popularizada na voz de Elis Regina, a canção "Alô Alô Marciano" foi na verdade escrita por Rita Lee e Roberto Carvalho a pedido da cantora. As duas eram amigas. Em 1976, em plena ditadura militar, Rita Lee foi presa por posse de maconha. A única artista que teve coragem de visitá-la na cadeia foi Elis Regina, sensibilizada pelo facto de ela estar grávida. Já em liberdade, Rita e Roberto fizeram uma música que fala da guerra e da repressão: “Tá cada vez mais down o high society”.

Flagra (1982)

Lançada em 1982 como parte do álbum "Rita Lee e Roberto de Carvalho", foi composta em parceria com o marido. É um tema bastante divertido, "alto astral" e com o melhor trocadilho cinematográfico: "Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck". A música foi tema de abertura da novela "Final Feliz", da Globo. 

Desculpa o Auê (1983)

A letra, feita pela cantora em parceria com Roberto de Carvalho, retrata um ataque de ciúmes que Rita Lee teve. Como ela descreve na sua autobiografia: "Escrevi um bilhetinho a Roberto tentando negociar um perdão pelo barraco que dei, coisa e tal".

Amor e Sexo (2003)

"Amor é um livro. Sexo é esporte. Sexo é escolha. Amor é sorte. Amor é pensamento, teorema. Amor é novela. Sexo é cinema. Sexo é imaginação, fantasia. Amor é prosa. Sexo é poesia. O amor nos torna patéticos. Sexo é uma selva de epiléticos."

O tema "Amor e Sexo" foi inspirado na crónica "O Amor Atrapalha o Sexo", de Arnaldo Jabor, publicada no jornal O Globo, em 2002. Rita e o marido, Roberto de Carvalho, assinam a canção que integrou disco "Balacobaco". Esteve nomeada como Melhor Canção Brasileira nos Grammys Latinos. 

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