Aborto no Estado não garante anonimato - TVI

Aborto no Estado não garante anonimato

  • Portugal Diário
  • 5 jan 2007, 10:37
Ministro da Saúde, Correia de Campos (Foto Inácio Rosa, Lusa)

Cada IVG vai custar ao Estado entre 350 e 700 euros

Os hospitais do serviço nacional de saúde não vão poder garantir o anonimato das mulheres que queiram ali realizar uma interrupção voluntária da gravidez, disse o ministro da Saúde, Correia de Campos, na quinta-feira, no Jornal da Noite da SIC.

«Quem não quiser ser identificado terá de fazer [o aborto] no privado, à sua custa», explicou Correia de Campos.

O ministro adiantou ainda que cada interrupção voluntária da gravidez vai custar ao Estado entre 350 e 700 euros. Correia de Campos não avançou, no entanto, os custos totais estimados, a curto prazo, se o «sim» vencer o referendo.

Os cálculos utilizados para chegar a estes números basearam-se na experiência espanhola: em Espanha, apesar de o quadro legislativo ser relativamente parecido com o português, a prática do aborto está bastante mais liberalizada.

Em entrevista, o responsável pela pasta da Saúde explicou ainda que os hospitais do Estado com serviços de obstetrícia/ginecologia são obrigados a providenciar interrupções voluntárias de gravidez. Se não tiverem meios para tal, as mulheres em causa terão de ser encaminhadas para o sistema privado, sendo que os custos ficarão por conta do Estado.

Correia de Campos, que já garantiu que vai fazer campanha pelo «sim», invocou em defesa deste argumento uma resolução aprovada, em 2004, na Assembleia da República.
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