Lucros do sector segurador caem 5% para 669 milhões

Os lucros do sector segurador atingiram os 669 milhões de euros o ano passado, o que significa uma quebra de 5,2% face aos 706 milhões de euros obtidos em 2006.

No entanto, o ramo vida registou uma subida de 20,1% para os 388 milhões de euros, enquanto o ramo não-vida obteve uma quebra de 36,5% para os 337 milhões de euros, anunciou o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), Pedro Seixas Vale.

A justificar estes resultados esteve «o momento económico particularmente difícil que se está a viver e a evolução dos mercados de capitais a nível global», explica o mesmo responsável em conferência de imprensa.

A verdade é que, ao todo, o sector segurador emitiu 13,7 mil milhões de prémios de seguro directo o ano passado, o que se traduz num crescimento de 4,8% face ao ano anterior. Só o ramo vida registou uma subida de 6,9% para os 9,3 mil milhões, enquanto o ramo não-vida arrolou um crescimento de 0,5% para os 4,3 mil milhões de euros.

Sector devolveu um total de 14,2 mil milhões à sociedade

Além disso, o sector devolveu um total de 14,2 mil milhões à sociedade em 2007, valor que espelha os custos com os sinistros nos ramos vida e não-vida, as comissões a mediadores, impostos, taxas e custos com o pessoal, superando desta forma os 13,7 mil milhões de euros obtidos um ano antes. Ainda durante o exercício de 2007, o sector recebeu de forma agregada 14,3 mil milhões de euros em prémios e taxas.

Relativamente à carteira de investimentos, o sector justificou 49,4 mil milhões de euros o ano passado, valor que compara com os 45,4 mil milhões obtidos em 2006.

Já o grau de penetração do produto seguro face ao PIB foi de 8,54%, sendo o rácio de investimentos (versus PIB) de 30,7% e a remuneração accionista de 16,1%.