Selecionador nacional, Roberto Martínez não está preocupado com as épocas mais irregulares que alguns jogadores convocados para o Euro 2024 realizaram.
Questionado diretamente sobre Gonçalo Ramos, João Félix e João Cancelo, o técnico de 50 anos lembrou, em entrevista ao As, que não há situações perfeitas.
«Não existe a situação perfeita. É impossível ter jogadores que ganharam tudo e que em cima disso cheguem frescos à seleção. Se jogaram, estão cansados. Se não jogaram, falta-lhes alegria. O importante é que todos os futebolistas encaixem e sejam felizes», afirmou.
«Estamos perante um sonho que todos tivemos desde pequenos. Preocupam-me mais os jogadores que perdemos ou que estiveram lesionados. Escolher a convocatória é o único momento mau de um selecionador», acrescentou.
Roberto Martínez reservou elogios para Cristiano Ronaldo e também para Pepe: «A força de um balneário não está no que um treinador possa dizer aos jogadores, mas sim nos exemplos do dia a dia. O Cristiano e o Pepe são uma referência incrível. Criam um ambiente muito positivo. Exigem o máximo dos outros jogadores.»
«Eu convidaria os adeptos a interessarem-se pelo campeonato da Arábia Saudita. O Mundial 2034 originou um projeto de dez anos e há muito nível. Em todos os lados é difícil marcar golos, e o Cristiano fez 35 esta época. Mantém a sua consistência. A Arábia permite cumprir objetivos individuais. Para mim foi uma surpresa muito positiva», continuou.
Desde os primeiros meses como selecionador nacional que Roberto Martínez se esforça por falar português, apesar de ser espanhol, e surpreendeu até ao cantar o hino nacional.
«O hino é importante, tem um significado especial para a seleção. Nota-se isso. Há partes do hino que estão escritas nas paredes da cidade desportiva. Não é um aspeto político. É o que representa a responsabilidade de orientar uma equipa de futebol e o que isso significa para milhões de portugueses», justificou.
A terminar, Roberto Martínez assumiu que Portugal é um dos candidatos a ganhar o Euro: «Há várias seleções que têm jogadores que estão habituados a lutar por todos os títulos: França, Inglaterra, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal… não podemos afastar-nos da nossa responsabilidade de estar nesse lote.»