Empurrões, ameaças e cuspidela, diz o comunicado da UEFA - TVI

Empurrões, ameaças e cuspidela, diz o comunicado da UEFA

Explicação para as suspensões de Abel Xavier, Nuno Gomes e Paulo Bento Em comunicado entregue aos jornalistas à hora do almoço, a UEFA relata os factos em que se baseou para suspender os três internacionais portugueses. A federação pode recorrer até quarta-feira

ROTERDÃO-A UEFA entregou há minutos (por volta das 13 horas) o comunicado em que fundamenta as suspensões a Abel Xavier, Nuno Gomes e Paulo Bento. 

Segundo o documento, tudo se passou ao 116º minuto do Portugal-França. Nessa altura, considera a UEFA, o árbitro e o primeiro auxiliar foram «empurrados e ameaçados por jogadores portugueses, sofrendo pisaduras e arranhões com alguma expressão». 

Além de árbitro e auxiliar, a UEFA entendeu que o quarto árbitro também foi «ameaçado e puxado pela camisola». Por essa altura, o seleccionador português «entrou em campo e acalmou os jogadores, possibilitando que se marcasse uma grande penalidade». A complicação, pelas contas da UEFA, «durou quatro a cinco minutos». 

Depois a confusão voltou, com quase todos os portugueses a correrem em direcção ao assistente que assumira a decisão. Voltou a haver empurrões e um jogador não idenficado ter-lhe-á «cuspido». 

Por entre a confusão, a UEFA descobriu três portugueses cujo comportamento reputou de mais grave. Nuno Gomes «deu um empurrão com violência no peito do árbitro». Abel Xavier agarrou o árbitro pelo braço. Perante tais atitudes, o árbitro mostrou o cartão vermelho a Nuno Gomes. Nessa altura, «Paulo Bento agarrou a mão do árbitro», relata o comunicado. Logo em seguida, o avançado do Benfica «tirou a camisola e mandou-a em direcção ao auxiliar». Daí as suspensões. Nove meses para Abel Xavier, oito para Nuno Gomes e seis para Paulo Bento. 

A Federação Portuguesa de Futebol tem até quarta-feira, dia 5, para recorrer das suspensões e da multa de 20 mil contos. 

O comunicado revela ainda as multas aplicadas à federação italiana e holandesa. A primeira, no valor de 12 mil fancos suíços (cerca de mil contos), por foguetes dos adeptos. A segunda, de 5 mil francos (cerca de 500 mil escudos) pelos cartões amarelos vistos pelos jogadores holandeses.

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