Sequestrador: «Ele não está bem» - TVI

Sequestrador: «Ele não está bem»

  • Portugal Diário
  • Bruno Henriques da Silva
  • 6 out 2006, 18:06
Assalto a Banco em Setúbal - Imagens TVI

Advogada vai requerer avaliação psicológica

O homem que sequestrou quatro pessoas numa dependência bancária do BES na passada quarta-feira ficou em prisão preventiva. O arguido, que foi ouvido durante nove horas no Tribunal de Instrução Criminal de Setúbal é acusado da prática de vários crimes: roubo na forma tentada, quatro crimes de sequestro, crime de ameaça, crime de extorsão na forma tentada e posse de arma ilegal.

No final do interrogatório, advogada do arguido, Isabel

Maria Oliveira, em declarações aos jornalistas, disse não concordar com a decisão do juiz e anunciou que vai requerer ao tribunal a avaliação psicológica e psiquiátrica do seu cliente, por considerar que «o arguido não está bem».

Segundo a advogada, esta avaliação «é fundamental», uma vez que o sequestrador «não estava consciente dos actos praticados: «Embora aparente estar calmo, essa calma é contraditória com os actos praticados, mais um indício de que não está bem», disse.

Isabel Maria Oliveira disse ainda discordar da medida de coação imposta pelo juiz por considerar recear que o estado de saúde do arguido se agrave na cadeia «por não ter o devido acompanhamento psiquiátrico». Mas ainda não sabe de vai recorrer desta medida de coação uma vez que ainda não falou com o arguido nem com a família do arguido.

A advogada adiantou ainda aos jornalistas que o seu cliente disse em tribunal ter actuado para «chamar a atenção» para a resolução de um problema que tinha com aquela instituição bancária.

«Ele nunca tencionou furtar ou roubar o banco. Nunca pensou agredir ou maltratar alguém», garantiu.

O sequestrador saiu do tribunal por volta das 18 horas e foi encaminhado para o estabelecimento prisional de Setúbal, numa carrinha da PSP, numa altura em que pouca gente havia já à porta. O arguido recebeu à saída tanto palavras de apoio como insultos das poucas mais que uma dezena de pessoas que ainda se encontravam no local.
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