Uma mulher residente em Águeda acusa o Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, de falta de assistência na realização de um parto.
Thaynah Ferreira de Souza deu entrada no hospital na quarta-feira com dores e contrações fortes, esteve internada três dias, e, ao final desse período, foi-lhe feita uma ecografia que detetou que a filha já estaria morta dentro do útero materno.
Cheguei aqui e internaram-me porque a minha asma estava muito grave", disse.
Não foi provocado o parto, nem tão pouco foi realizada a cesariana que poderia ter evitado o pior.
O hospital alegou que a asma da mãe não permitia a indução do parto e só depois do tratamento à doença aguda, poderia ser realizada uma cesariana.
Tentou salvar-se primeiro a vida da mãe. Ela entrou com patologia crítica, foram chamados os serviços precisos para dar apoio e foram feitas as terapêuticas adequadas para que ela pudesse, em data atempada, fazer uma cesariana ou uma intervenção. Entrentanto, deu-se o desfecho, que não se contava", explicou Frederico Cerveira, diretor clínico do Hospital de Aveiro.
Cerca de 14 horas depois, foi realizada uma cesariana, mas para retirar o recém-nascido já sem vida.
Isso deveu-se ao facto de a criança ter falecido à noite e ser mais seguro, até por uma questão dos elementos que estavam de urgência, que são sempre poucos", alegou Frederico Cerveira.
O Hospital de Aveiro escusou-se a prestar mais esclarecimentos por estar a aguardar os resultados da autópsia.