Planeamento familiar deve continuar, mesmo em crise - TVI

Planeamento familiar deve continuar, mesmo em crise

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DGS diz que é «fundamental» que Estado continue a proporcionar consultas e métodos contraceptivos gratuitos ou comparticipados

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A chefe de divisão de saúde reprodutiva da Direcção-Geral da Saúde (DGS) considerou «fundamental» que «nesta altura de crise» o Estado continue a proporcionar consultas de planeamento familiar e métodos contraceptivos gratuitos ou comparticipados.

Lisa Vicente falava à Agência Lusa a propósito do relatório dos registos das Interrupções da Gravidez (IG) da DGS, referentes ao período de Janeiro a Dezembro de 2010, segundo o qual, independentemente dos motivos, foram realizados 19.436 abortos, menos que em 2009 (19.848).

De acordo com este documento, mais de 250 mulheres que interromperam a gravidez em 2010 tinham feito três ou mais abortos anteriormente e, destas, quatro já tinham abortado mais de dez vezes.

Lisa Vicente reconhece que as repetições são «um problema complexo», mas classificou de «simplista» a sua atribuição à falta das mulheres à posterior consulta de planeamento familiar.

«Atribuir as repetições à falta na posterior consulta de planeamento familiar é uma forma simplista de ver a questão, até porque muitas mulheres já têm, nessa altura, a sua contracepção», disse.

Para Lisa Vicente, «o que nesta área é indispensável é que as consultas e métodos contraceptivos continuem a ser gratuitos ou comparticipados», principalmente neste «momento de contenção de gastos».

«É importante que se continue a adquirir métodos contraceptivos para os hospitais e centros de saúde», adiantou.

Sobre os dados do relatório, que pela primeira vez apresenta a comparação dos vários indicadores com outros países, Lisa Vicente destaca o dado de Portugal nem sequer constar nos países com mais elevada taxa de abortos.
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