Três anos de pena suspensa para professor abusador - TVI

Três anos de pena suspensa para professor abusador

Justiça

Docente estava acusado de cinco crimes de abuso sexual sobre duas alunas, de 11 e 12 anos

Relacionados
O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou a condenação a três anos e meio de prisão, com pena suspensa, de um professor de música acusado de cinco crimes de abuso sexual sobre duas alunas, de 11 e 12 anos, escreve a Lusa.

Segundo o tribunal, os crimes remontam aos anos lectivos de 2008/2009 e de 2009/2010, sendo o professor acusado de abusos como apalpar o rabo às alunas, encostá-las contra si e coçar a zona genital frente a elas.

Com estas atitudes, de acordo com o tribunal, o arguido quis «dar satisfação aos seus instintos lascivos e libidinosos, utilizando, para tanto, as menores, indiferente à sua idade e às consequências de tal actuação sobre as mesmas».

A escola instaurou um processo disciplinar ao professor, que culminou com a aplicação da pena de demissão, uma decisão que o arguido, entretanto, recorreu par o Tribunal Administrativo.

Em tribunal, o arguido alegou que aquelas acusações «só podem advir do poder de imaginação, confusão e desligamento da realidade» das duas alunas, considerando tratar-se de uma «invenção infantil».

Disse ainda que as menores eram «problemáticas» e tinham «comportamentos de promiscuidade sexual na escola».

Alegou também que este processo seria uma «cabala» contra si, «engendrada» por alguém que denominou de «cavalo branco», referindo-se ao director da escola, e queixou-se mesmo de estar a ser vítima de «bulling».

Quanto ao coçar-se, o arguido garantiu que não o estaria a fazer na zona genital, mas sim na barriga, onde se injecta por causa da diabetes.

Argumentos que não convenceram o tribunal, que valorou ainda depoimentos de funcionários e outros professores segundo os quais o arguido teria «um comportamento menos próprio do ponto de vista sexual, frequentemente com conversas acerca de prostitutas em Espanha e com olhares insistentes para as colegas mais novas».

As testemunhas disseram ainda que o arguido, quando passava pelas suas alunas, «mandava beijinhos com a mão, dizia adeus e ria» e que «coçava publicamente, com frequência, a sua zona genital».
Continue a ler esta notícia

Relacionados