Começaram as demolições na Praia Maria Luísa - TVI

Começaram as demolições na Praia Maria Luísa

Parte do rochedo que sobrou da derrocada vai ser deitado abaixo. Ministro do Ambiente está no local

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Já começaram as obras de demolição na praia Maria Luísa, em Albufeira, onde esta sexta-feira uma derrocada matou cinco pessoas. «Vão ser utilizadas três máquinas distintas, esta primeira com um braço muito grande para iniciar desbaste do leixão do topo para a base, garantindo a segurança do maquinista», explicou Valentina Calixto, presidente da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve que se encontra a acompanhar os trabalhos desta noite.

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A responsável disse que depois serão utilizadas «mais duas máquinas até ser atingido o objectivo da operação, quando o leixão tiver uma altura que não provoque risco para os utentes da praia».

Os materiais soltos vão depois ser aglomerados junto à base da arriba para evitar a erosão da arriba provocada pela água do mar.

No local está o ministro do Ambiente, Nunes Correia. Questionado pela TVI sobre a posição do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que defende a abertura de um inquérito-crime, Nunes Correia diz que não tem conhecimento de nenhum inquérito aberto, mas, caso venha a existir, terá todo o apoio do Governo.

O ministro revela que logo que teve conhecimento do acidente pediu «à ARH que fizesse uma avaliação rigorosa daquilo que aconteceu, das causas, e se há alguma coisa que devesse ter sido feita antes e que não tenha sido feita». Mas Nunes Correia afirma estar «bastante convencido de que o que deveria ter sido feito foi feito» e recorda que ainda na sexta-feira passada «foi feita uma avaliação da situação».

Nunes Correia explica que está a ser feita uma nova avaliação das zonas mais críticas da costa algarvia «com atenção redobrada porque assim como aconteceu este acidente poderão existir outras situações que tenham evoluído rapidamente pelas mesmas causas.

Questionado sobre eventuais culpas neste acidente, o ministro do Ambiente afirmou: «Não sei se há culpa. Há responsabilidades e é dos organismos políticos e em primeiro lugar, a responsabilidade é minha politicamente. Mas os desastres naturais infelizmente são assim. Mesmo que tomemos todas as medidas de prevenção, a natureza surpreende-nos com evoluções imprevisíveis. Estamos convencidos que foi isso que aconteceu, mas averiguar-se-á tudo o que houver para apurar».
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