Crise: ministra pede «criatividade» aos médicos - TVI

Crise: ministra pede «criatividade» aos médicos

Ana Jorge, Ministra da Saúde

Ana Jorge apelou aos internistas para unirem esforços

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A ministra da Saúde apelou esta quarta-feira aos especialistas em Medicina Interna para unirem esforços e serem criativos para ajudar a que não haja desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

«Nestes tempos que estamos a viver e que vamos viver, a resposta é não desmantelar o SNS e apelo a todos os internistas, porque isto só é possível se todos nos esforçarmos, para manter o serviço de qualidade», disse Ana Jorge, durante a sessão de abertura do XVI Congresso Nacional de Medicina Interna, que arrancou esta quarta-feira em Vilamoura e se prolonga até sábado.

A governante recordou que as medidas que o Ministério da Saúde anunciou esta semana para conter gastos tiveram como uma das principais preocupações a continuação de um SNS com qualidade. «São medidas para uma maior eficiência do SNS, que existe há 31 anos, e que tem princípios como a universalidade», recordou.

A ministra da Saúde pediu ainda aos médicos internistas para responderem com «criatividade para conter gastos», diz a Lusa.

«É impossível fazer qualquer mudança sem envolver os profissionais para combater o desperdício e deficiências que ainda existem no SNS. Há que renovar esforços e ainda é mais essencial que exista um bom SNS», disse.

Ana Jorge ouviu o presidente do Congresso Nacional de Medicina Interna, Martins Baptista, pedir mais vagas para a Medicina Interna. A ministra afirmou que partilha a preocupação da falta de internistas.

«Está em marcha um grupo técnico no Ministério da Saúde para pôr em execução uma reforma interna dos hospitais e que deverá estar pronto em Junho. Este trabalho visa avaliar a autonomia dos serviços», declarou a ministra.

O presidente do XVI Congresso Nacional de Medicina Interna, Martins Baptista, alertou Ana Jorge para o perigo de «encontrar soluções rentáveis sem ouvir os médicos, especificamente os internistas».

«Nunca o Ministério da Saúde nos pediu uma opinião sobre as medidas tomadas. Agora que se fala tanto da reorganização da reforma hospitalar, gostaríamos de ser chamados», argumentou.
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