Saúde: PCP exige explicações de Correia de Campos - TVI

Saúde: PCP exige explicações de Correia de Campos

  • Portugal Diário
  • 18 jan 2008, 16:26
Jeronimo de Sousa

Comunistas querem explicação sobre as consequências do encerramento das urgências

Relacionados
O líder parlamentar do PCP exigiu esta sexta-feira explicações do ministro da Saúde no Parlamento sobre as consequências do encerramento de urgências, de que a morte de uma criança à porta do Hospital da Anadia disse ser exemplo, informa a Lusa.

Uma bebé de três meses morreu esta manhã no acesso ao Hospital de Anadia, dentro da ambulância do INEM.

«Este caso concreto e outras situações exigem que o ministro da Saúde venha à comissão para se explicar. Estas consequências do fecho de urgências têm que ser avaliadas», afirmou Bernardino Soares, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.

O grupo parlamentar do PCP questionou o ministro, através de requerimento, sobre se tomará medidas para «impedir novas tragédias» como a da morte de um bebé de três meses à porta de um hospital, em Anadia.

Jerónimo de Sousa faz «balanço positivo» da CGTP

Bebés morrem em ambulância

No requerimento, o deputado comunista Jorge Machado salienta que o serviço de urgências do Hospital Luciano de Castro foi encerrado a 2 de Janeiro por decisão do Ministério da Saúde.

«A criança terá estado na ambulância do INEM a aguardar a chegada da viatura VMER (viatura de emergência médica), até que sucumbiu», refere o deputado.

«Perante uma situação de emergência, sem os meios e os equipamentos que as urgências do Hospital permitiam, o esquema montado pelo Ministério da Saúde, para oferecer melhores condições à população de Anadia, não funcionou neste caso», sublinhou Jorge Machado.

O movimento «Utentes para a Saúde», que tem promovido os protestos contra o encerramento da urgência em Anadia, afirmou que «a ambulância do INEM não tinha pessoal especializado e teve de esperar pela viatura de emergência médica, havendo um desencontro entre as viaturas».

No entanto, Pedro Santos, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), negou que tenha havido qualquer desencontro entre a ambulância do INEM colocada em Anadia e a viatura de emergência médica.

«Foram os pais que se dirigiram para o Hospital de Anadia, onde a criança não foi assistida porque não tem urgência», afirmou o responsável.

O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro recusou entretanto uma ligação entre o fecho do serviço de urgências do hospital e a morte da criança.

O responsável da ARSC referiu que o pai da criança solicitou auxílio através do número 112 e que depois foi a criança foi socorrida pela Emergência Médica INEM.

«Foram prestados os cuidados inerentes a uma situação grave», de natureza cardio-respiratória, salientou, frisando que a equipa do INEM estava dotada dos meios técnicos e humanos para intervir no caso apresentado.
Continue a ler esta notícia

Relacionados