Uma manifestação reunindo, entre outros grupos, utentes dos Hospitais de Anadia e da Universidade de Coimbra, na entrada principal do Hospital dos Covões, foi evitada esta sexta-feira pelo ministro da Saúde, que entrou no estabelecimento por outro acesso, escreve a Lusa.
Correia de Campos deslocou-se ao Hospital Geral, do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC - EPE), para inaugurar a nova Unidade de Cardiologia de Intervenção, sendo esperado por dezenas de manifestantes, dos movimentos «Unidos pela Saúde», contra o fecho da Urgência do Hospital de Anadia, e «Utentes pelos HUC», dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Contudo, Correia de Campos não entrou no Hospital Geral pelo acesso principal e os manifestantes acabaram por desmobilizar.
«Gostávamos de fazer algumas perguntas ao senhor ministro, gostaríamos que pusesse a mão na consciência, provavelmente se as urgências estivessem abertas isto não teria acontecido», disse José Paixão, do movimento «Unidos pela Saúde», referindo-se ao caso da bebé que morreu esta sexta-feira à porta do Hospital de Anadia.
Bebés morrem em ambulância
Saúde: o que falta fazer
Mais tarde, na passagem entre edifícios no complexo do Hospital Geral, Correia de Campos usou o acesso principal do estabelecimento, quando os manifestantes já tinham desmobilizado, mas recusou-se a responder aos jornalistas.
Ao intervir na cerimónia de inauguração da Unidade de Cardiologia de Intervenção, o ministro da Saúde considerou-a como «uma peça excelente, de alta qualidade, de um sistema mais vasto de luta contra as doenças cardíacas».
Ministro da Saúde <i>finta</i> manifestantes
- Portugal Diário
- 18 jan 2008, 15:58
Utentes protestavam contra fecho de urgência à entrada. Ministro entrou por outro acesso
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