Menos Sida em Portugal - TVI

Menos Sida em Portugal

  • Portugal Diário
  • 1 dez 2007, 16:11
Dia Mundial da Sida (Foto Lusa/EPA)

Ministro da Saúde diz que incidência e prevalência da doença está a dimunuir. Portugal é o quarto país da Europa que mais casos novos diagnosticou Mas doença ainda assusta: Cozinheiro despedido por ter HIV

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A incidência e a prevalência da Sida em Portugal está a diminuir, mas é primordial continuar a apostar na educação e sensibilização da população, defendeu este sábado o ministro da Saúde, no Dia Mundial de luta contra a doença, refere a Lusa.

«Os números neste momento, de 2006, representam, no caso da infecção, os números mais baixos desde 2001 e, no caso da Sida, os números mais baixos desde 1996, o que significa que se está a reduzir a incidência e a prevalência da doença», disse Correia de Campos no final de uma reunião do Conselho Nacional para a Infecção VIH/Sida.

Até ao final de Setembro deste ano estavam registados em Portugal mais de 32.000 casos de HIV/Sida, com um relatório das Nações Unidas, a indicar que Portugal é o quarto país da Europa Ocidental que mais casos novos diagnosticou em 2006.

De acordo com o ministro da Saúde, a principal arma para combater esta realidade passa pela educação, informação e conhecimento, sobretudo nas escolas, bem como por «uma distribuição muito vasta de preservativos».

«É muito importante que a educação se faça desde o nível de educação primário ou secundário», defendeu Correia de Campos, adiantando que os alunos são eles próprios «informadores para a sua família».

Correia de Campos lembrou que, do lado da evolução positiva, o número de casos de transmissão da doença de mães para filhos caiu de 25 por cento para apenas dois por cento e que as infecções através de seringas também têm vindo a diminuir.

Quanto à intervenção nas prisões junto dos reclusos, nomeadamente através da distribuição de seringas, o ministro limitou-se a referir que o processo está a decorrer, remetendo outros pormenores para o ministério da Justiça.

Anti-retrovirais ainda não chegaram às farmácias

Questionado ainda sobre a proposta já avançada pelo ministério da Saúde de colocar anti-retrovirais à venda nas farmácias, Correia de Campos apenas adiantou que se trata de «um processo que precisa do acordo de três entidades» - hospitais, farmácia e cidadãos - e que não avançará sem a concordância das três partes.

«Os cidadãos receiam uma situação de estigma, têm um desejo e um direito de ter a sua privacidade reservada», acrescentou.

A venda de anti-retrovirais nas farmácias foi proposta por Correia de Campos e conta com a reprovação da Ordem dos Médicos, que defende que isso seria uma situação de grande risco para a saúde pública.
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