Apito: Madaíl <i>ilibou</i> Valentim - TVI

Apito: Madaíl <i>ilibou</i> Valentim

Madaíl revela que Selecção está optimista para os oitavos

Major «não interferiu» na escolha de Pinto de Sousa para a Federação

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O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, esclareceu esta tarde em tribunal que Valentim Loureiro não interferiu na escolha de Pinto de Sousa para presidente do Conselho de Arbitragem da Federação.

Segundo este dirigente federativo, Valentim não interferiu enquanto presidente da Liga, nem enquanto figura ligada ao Boavista.

«Podemos dizer que o nome de Pinto de Sousa para presidir ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol foi uma escolha sua?». À pergunta do procurador, Madaíl respondeu sem hesitações: «Em 2002, foi», numa alusão ao facto de se tratar já de uma recandidatura.

«A Liga não interferia nestas matérias» porque «nós falávamos era com as associações de futebol», acrescentou o presidente da FPF.

Também «não houve qualquer tipo de interferência» dos clubes, garantiu Madaíl, embora tenha admitido que houve conversas entre o candidato à presidência da Federação (ele próprio) e as associações de futebol. «Não fazia sentido meter alguém que, posteriormente, fosse hostilizado», explicou.

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O presidente da FPF acrescentou ainda que o nome de Pinto de Sousa terá sido uma opção sua, tomada depois de ponderadas outras hipóteses e após ter conversado com o presidente da Associação de Futebol do Porto, sendo certo que esta associação até defendia o nome de Francisco Costa, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, que se encontra a ser julgado neste processo.

Ainda em resposta ao procurador, Gilberto Madaíl esclareceu que «nem sequer havia relações entre o major e o então presidente da Associação de Futebol do Porto», o falecido Adriano Pinto. Mais tarde esclareceu que Valentim e Adriano Pinto estavam até «de relações cortadas há muito tempo».

«Alguma vez o senhor Pinto de Sousa lhe disse que seria o último mandato?», inquiriu ainda o Ministério Público. «Não me recordo de o ter dito expressamente, mas admito que ele já estivesse um pouco cansado».

Madaíl pediu para desmentir notícia

Antes de iniciar o depoimento, Madaíl pediu ao juiz para desmentir uma notícia de que teria pedido para ser ouvido por videoconferência.

Sobre os arguidos que conhece, designadamente Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, esclareceu: «Não se pode dizer que é um relacionamento pessoal, de amizade». Trata-se antes de «um bom relacionamento».

Recorde-se que o juiz Pedro Miguel Vieira, que decidiu levar os arguidos a julgamento, considerou que, no depoimento de Gilberto Madaíl, durante a instrução, o presidente da Federação deixou entender que Pinto de Sousa tinha sido indicado para o Conselho de Arbitragem pela Associação de Futebol do Porto. Em termos práticos, o magistrado aderiu à tese da acusação que sustentava ter sido esta uma das contrapartidas para Pinto de Sousa indicar os árbitros mais favoráveis ao Gondomar Sport Clube, na época 2002/03.

O julgamento prossegue na próxima terça-feira. Entre as testemunhas notificadas está o ex-presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado.
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