Carolina: tribunal procura empregada - TVI

Carolina: tribunal procura empregada

Pinto da Costa, julgamento de Carolina Salgado (ESTELA SILVA/LUSA)

Mandados de detenção contra funcionária que terá visto agressões

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O Tribunal de Instrução Criminal do Porto procura a antiga empregada de Pinto da Costa e de Carolina Salgado, que estará a atrasar a desfecho do processo que a ex-companheira moveu contra o presidente do F.C. Porto por agressão.

O caso foi arquivado, mas a autora de «Eu, Carolina» pediu a abertura da instrução, em Março do ano passado. Na mesma altura, solicitou a audição de Maria Alice Silva, alegando que esta teria presenciado as agressões.

Apesar de já ter sido convocada, pelo menos duas vezes, Maria Alice Silva faltou sempre, levando o Tribunal de Instrução Criminal do Porto a emitir mandados de detenção contra a testemunha, mas sem sucesso, soube o PortugalDiário.

Carolina começa a ser julgada

Carolina foi grande surpresa «até certo ponto»

Os mandados foram emitidos no passado dia 23 de Janeiro e destinavam-se a assegurar a presença da antiga empregada numa diligência marcada para 14 de Fevereiro.

A GNR de Valadares não conseguiu cumprir os mandados e, segundo informações recolhidas pelo PortugalDiário, o tribunal oficiou aquele posto policial, a 27 de Fevereiro, para que devolva o expediente não cumprido.

Tudo indica que serão emitidos novos mandados de detenção.

A primeira diligência a que faltou estava agendada para Dezembro.

A testemunha, que segundo Carolina Salgado, terá

presenciado as agressões do presidente do FCP contra a antiga companheira, em Abril de 2006, nunca terá referido expressamente que viu o líder portista agredir a autora de «Eu, Carolina».

Não viu Pinto da Costa agredir

Quando prestou depoimento, em Abril de 2006, Alice Silva afirmou ter visto o segurança Nuno Santos e o motorista Afonso, ambos funcionários de Pinto da Costa, agredirem Carolina e a sua irmã-gémea, Ana Maria, na residência da Madalena, em Gaia, na presença do presidente portista e sem que esteve tivesse feito algo para impedir as agressões.

Maria Alice sustentou até que avisou Pinto da Costa de que Ana Maria estaria grávida de três meses, acrescentando, todavia, que não viu o presidente do FCP agredir a ex-companheira porque nesse momento entrou dentro de casa.

Os advogados de Carolina Salgado não estão dispostos a abdicar deste testemunho.

Julgamento suspenso

Os juízos criminais do Porto suspenderam, entretanto, esta segunda-feira o julgamento do processo em que Carolina Salgado responde por um crime de difamação a Pinto da Costa.

O Tribunal vai aguardar a decisão instrutória do processo que a ex-companheira moveu contra o presidente portista por agressão. O caso foi arquivado, mas a autora de «Eu, Carolina» requereu a abertura da instrução.

A defesa de Carolina ganha um importante trunfo no processo que hoje deveria ter começado a ser julgado, caso o Tribunal de Instrução Criminal do Porto decida levar Pinto da Costa a julgamento por agressões à antiga companheira.

Um raciocínio idêntico, mas em sentido inverso, levou o advogado do presidente portista a corroborar o requerimento apresentado pela defesa de Carolina. Caso o processo fique definitivamente arquivado, o líder do FCP ganha um novo trunfo para sustentar a tese da difamação.

Em causa estão uma conferência de imprensa, a 7 de Abril de 2007, e várias entrevistas, em que a ex-companheira faz diversas acusações ao líder portista, nomeadamente de a ter agredido, no dia anterior.

No mesmo processo que resultou em arquivamento para Pinto da Costa, o segurança Nuno Santos foi acusado de agredir a irmã-gémea de Carolina, Ana Maria Salgado, enquanto o motorista Afonso foi acusado por agressões à ex-companheira do líder portista.

Carolina não esteve presente esta tarde em tribunal, tendo a defesa invocado motivos de doença. A arguida tem três dias para apresentar o atestado médico.
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