Carolina: ex cortou relações por causa de Vieira - TVI

Carolina: ex cortou relações por causa de Vieira

Carolina Salgado à entrada do Tribunal de Gondomar (Estela Silva/Lusa)

Paulo Lemos diz que presenciou encontro com presidente do Benfica

O montador de sistemas de segurança, Paulo Lemos, com quem Carolina Salgado manteve uma relação afectiva após a separação de Pinto da Costa, referiu esta sexta-feira, durante a instrução do processo Beira-Mar-FCP, em que Pinto da Costa está acusado por corrupção desportiva activa, que cortou relações com a antiga namorada em Setembro de 2006, após a deslocação a Lisboa em que presenciou um jantar desta com o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

O encontro, explica, ocorreu num restaurante, da namorada de um empresário de futebol. «Quando (durante o jantar) ouvi o senhor Luís Filipe Vieira perguntar-lhe o que é que ela tinha para ele e o que é que ela queria, levantei-me e fui-me embora», recordou.

Intrigada com a explicação, a procuradora quis conhecer melhor as razões da fúria de Paulo Lemos, tanto mais que a testemunha desconhecia aquilo a que o presidente do Benfica se referia. «Não sabia que íamos jantar com o senhor Luís Filipe Vieira. Além disso, prosseguiu, «no decurso da conversa apercebi-me de que a Carolina já falava com o Luís Filipe Vieira há muito tempo». A procuradora não insistiu.

Paulo Lemos referiu ainda que efectuou as mudanças da casa da Madalena, juntamente com o cunhado de Carolina, tendo a mobília sido transportada para casa da irmã-gémea, Ana Maria Salgado, que esta tarde invocou motivos de saúde para não comparecer em tribunal.

Segundo a defesa de Pinto da Costa «As diligências hoje efectuadas tinham como objectivo expurgar o processo do folclore que lhe foi trazido no âmbito da reabertura do inquérito». E acrescenta que «foi reposta a verdade, pelo que se aguarda um despacho de não pronúncia, com os fundamentos do anterior arquivamento proferido pelo DIAP do Porto, decisão essa que, como se viu hoje, não havia razões válidas para questionar.»

Apresentou queixa contra segurança de Pinto da Costa

Desde que terminou o relacionamento com Carolina Salgado, o montador de sistemas de segurança já prestou depoimento em vários processos relacionados com o «Apito Dourado» e que incriminam a ex-companheira de Pinto da Costa.

Refira-se, por outro lado, que Paulo Lemos chegou a apresentar queixa-crime contra um segurança de Pinto da Costa, que o alegadamente o teria agredido a 24 de Julho de 2006, por volta das 21:30, quando aquele saía do ginásio que frequentava na altura, na Avenida dos Combatentes, em Vila Nova de Gaia.

Na participação, apresentada no posto da GNR, em Gaia, a 1 de Agosto de 2006, o ex-namorado de Carolina sustenta que ia a sair do ginásio, por cima do «Shot Bar», a 24 de Julho (dia do seu aniversário), quando o referido segurança o ameaçou e agrediu, informando-o de que só o deixaria em paz quando entregasse as peças de colecção do Futebol Clube do Porto e se testemunhasse contra Carolina Salgado nos processos que Pinto da Costa e a sua ex-companheira têm pendentes.

A defesa de Carolina Salgado já manifestou interesse em juntar esta queixa-crime de Paulo Lemos em processos pendentes contra a antiga companheira de Pinto da Costa para descredibilizar a testemunha.

As razões por que retirou a queixa-crime

Em declarações ao PortugalDiário, em Outubro passado, Paulo Lemos confirmou a apresentação da queixa-crime e admitiu que o segurança de Pinto da Costa o agrediu [Carolina é que lhe disse que se tratava de uma segurança do presidente do FCP]. O agressor ter-lhe-á referido que deveria devolver as peças do FCP, que Carolina lhe entregara para guardar [«o que já fiz»], acrescentando todavia que aquele apenas o «aconselhou a testemunhar contra Carolina», caso contrário, a Justiça ainda o poderia «considerar cúmplice».

Apesar de confirmar as agressões, afirma que retirou a queixa, «dois meses antes da publicação do livro «Eu, Carolina» porque também teve «uma atitude provocatória» para o agressor. «Eu estava no carro com a Carolina e ela é que disse para passar várias vezes pela viatura dele».
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