O ex-presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Pinto de Sousa saiu esta quinta-feira por uma porta secundária do Tribunal de Matosinhos, onde foi inquirido no âmbito do processo «Apito Dourado», informa a agência Lusa.
Pinto de Sousa foi ouvido durante cerca de duas horas na fase de repetição das inquirições aos arguidos do processo «Apito Dourado», cujas investigações passaram a ser coordenadas pela procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, há cerca de dois meses.
Presidente do CA entre 1983/89 e 1998/2004, Pinto de Sousa terá prestado esclarecimentos sobre uma das certidões relacionadas com este processo sobre corrupção no futebol, a qual está relacionada com classificações de árbitros e foi entregue na comarca de Matosinhos.
Pinto de Sousa, que abandonou as instalações do Tribunal de Matosinhos por uma porta secundária, confirmou à chegada ter sido chamado para ser ouvido no âmbito do processo e voltou a negar os cenários descritos no livro de Carolina Salgado.
No seu livro, a ex-companheira do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, revela que o então presidente do CA da FPF encontrava-se frequentemente com o dirigente portista e com Valentim Loureiro, na altura presidente da Liga.
O processo «Apito Dourado» teve início com a operação policial com o mesmo nome realizada em 20 de Abril de 2004, que resultou na detenção de 16 pessoas, entre árbitros e dirigentes do futebol, por suspeitas de corrupção desportiva, inicialmente centradas no Gondomar SC, clube da Liga de Honra.
Ao longo do processo foram constituídos 27 arguidos, incluindo o então presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e ainda presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro, o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol Pinto de Sousa.
Tribunal: Pinto de Sousa sai por porta alternativa
- Portugal Diário
- 22 fev 2007, 14:24
Ex-dirigente de Conselho de Arbitragem foi ouvido durante duas horas
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