Operação Teia: detidos são ouvidos sexta-feira a partir das 10:00 - TVI

Operação Teia: detidos são ouvidos sexta-feira a partir das 10:00

  • JFP
  • 30 mai 2019, 18:19

Quatro detidos na operação compareceram esta quinta-feira no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde foram identificados

Os quatro detidos na operação "Teia" começam a ser ouvidos na sexta-feira a partir das 10:00, depois de hoje terem comparecido no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde foram identificados, informou um dos advogados.

Segundo Nuno Cerejeira Namora, advogado de Miguel Castro Gomes, o presidente da Câmara de Barcelos, desde que chegaram ao TIC os detidos foram identificados, ficando o resto da tarde para consulta dos processos, ao todo quatro, por cada um dos advogados.

Os presidentes das câmaras de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e de Santo Tirso, Joaquim Couto, o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto, administradora da W Global Communication, detidos pela Polícia Judiciária na quarta-feira, no âmbito desta operação, são os visados pela investigação, sendo que a empresária já sido constituída arguida em outubro, no âmbito da operação Éter, relacionada com o Turismo do Norte.

Os quatro detidos chegaram ao TIC para, supostamente, começar o interrogatório, cerca das 14:20, em quatro veículos de PJ.

A operação "Teia" centra-se nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos bem como no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e investiga suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na "viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto", segundo comunicado da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, o órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público neste caso.

Advogados dos detidos vão recorrer para Tribunal da Relação

Os advogados dos quatro detidos vão recorrer para o Tribunal da Relação do Porto para suscitar a nulidade do processo, alegando incompetência do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

A revelação foi feita à Lusa pelo advogado Nuno Cerejeira Namora, que faz a defesa do presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, após terem sido indeferidos pelo TIC dois requerimentos apresentados durante a tarde de hoje.

A posição dos advogados surge na sequência da alegação levantada na quinta-feira por Nuno Brandão, advogado de Joaquim e Manuela Couto, quando, em declarações à Lusa, disse estarem "em causa crimes que constam do catálogo dos crimes que são da competência do Departamento Central de Investigação e Ação Penal [DCIAP]" e não do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto".

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