«Nestas situações, a polícia não pode ter muitas contemplações porque estão em risco vidas de pessoas». O general Rodolfo Begonha, especialista em contra-subversão, classifica assim a actuação da PSP no caso do sequestro na agência do BES de Campolide, em Lisboa.
Quanto à decisão de atingir de forma certeira os dois assaltantes, que apontavam armas à cabeça dos reféns, este militar realça que «não devem fazer-se muitos comentários porque não conhecemos a conversa que foi mantida entre os sequestradores e os negociadores, nem o estado psicológico dos assaltantes». Sabemos sim, continua, que a «negociação não funcionou».
Segundo explicou Rodolfo Begonha ao PortugalDiário, «há momentos para decidir e para actuar e se as forças especiais da PSP decidiram entrar a tiro é porque a situação assim o exigiu». Questionado sobre se o segundo assaltante não poderia ter reagido mal depois do primeiro ter sido atingido, este especialista, sublinha que se a polícia agiu como agiu, provavelmente é porque «o outro podia já não estar em condições psicológicas de concretizar a ameaça. Só estando dentro do acontecimento é que podemos dizer».
O general Rodolfo Begonha defende a acção certeira e eficaz do Grupo de Operações Especiais da PSP, até porque, sublinha, «os criminosos têm de perceber que não podem fazer estas coisas, não podem pôr em risco a vida de pessoas inocentes». Por isso mesmo, conclui, a resposta a acções com armas tem de ser com uma certa força. O problema da segurança em Portugal é prioritário, tem de ser».
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Sequestro BES: «A polícia não pode ter contemplações»
- Luísa Melo
- 8 ago 2008, 11:30
![Assaltantes com os reféns na porta do banco](https://img.iol.pt/image/id/11967761/1024.jpg)
«Os criminosos têm de perceber que não podem pôr em risco a vida de pessoas inocentes», sublinha especialista em estratégia
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